Vitória perdeu em Setúbal por 1-0

Marcha-atrás na recuperação que parecia anunciada por via dos triunfos consecutivos arrancados diante de Gil Vicente e Porto. Marcha-atrás, igualmente, no modo de jogar, na atitude ofensiva e capitalização de jogadas de perigo junto da baliza adversária. O triunfo dos sadinos é, por isso, mais consensual do que se eventualmente tivesse sucedido o inverso. A equipa de José Couceiro foi mais constante, mais expedita ofensivamente e desfrutou, claramente, das melhores oportunidades para marcar. Sobretudo porque foi capaz de induzir maior dinamismo até à meia hora de jogo, diante de um adversário limitado praticamente a defender nesse período, criando num livre de Bráulio (6’) o único lance de apuro junto das redes de Tábuas.
Ao invés, Palatsi sentiu-se mais ameaçado. Aos 13 quando uma displicência de Cléber permitiu a Jorginho um remate perigoso e aos 18 quando Meyong atirou para fora após ter sido prendado por Zé Rui.
Sujeito a uma inegável melhor qualidade de jogo sadina, o Vitória só equilibrou com a primeira alteração de Manuel Machado. Marco Ferreira deu outra amplitude ao ataque e refreou o avanço adversário. Com esta alteração deu-se o inevitável recuo de Bráulio para a zona deixada vaga por Rui Ferreira.
A partir da meia hora, o jogo arrastou-se num equilíbrio às vezes quase pastoso. Ainda assim, o Vitória voltou (!) a rematar por Romeu ainda antes do intervalo, sugerindo o seguimento na etapa complementar de níveis exibicionais mais consentâneos com a vontade de ganhar. O reatamento até provou essa evidência nos primeiros minutos. Melhor identificado do ponto de vista táctico - e especialmente mais estendido no terreno - o Vitória obrigou o Setúbal a jogar mal e aos 48 minutos quase marcava, quando um cruzamento de Marco Ferreira ia sendo introduzido na baliza em jeito de auto-golo.
Ficaram-se por aí as provas de intenção. Gradualmente o Setúbal foi equilibrando e aos 58 minutos Palatsi negou o golo a Meyong. Sucederam-se as alterações (Luís Mário entrou para o lugar de Bráulio e Djurdjevic, por essa via, derivou para o meio), e seria a equipa da casa a marcar aos 80 minutos já depois de Bruno Moraes, pouco antes, ter atirado ao poste num lance em que acabou, posteriormente, por magoar Palatsi de forma involuntária.
Manuel Machado ainda lançou Carlos Carneiro mas o máximo que a sua equipa conseguiu fazer em 15 minutos foi um remate cruzado de Romeu que Marco Tábuas defendeu para canto. Pouquíssimo para quem pretendia, pelo menos, evitar a derrota.
Nuno Almeida fez uma arbitragem equilibrada e sem erros grosseiros.

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