Luís Castro: "Vamos ser sempre mais do 11 em campo porque há uma energia forte dos nossos adeptos"
O treinador vitoriano passou pela sala de imprensa da Academia do Vitória, esta sexta-feira, para abordar a deslocação ao Estádio do Besssa.
O que espera da sua equipa no jogo com o Boavista, um anfiteatro tradicionalmente difícil?
É mais um jogo de intensidade máxima, em que vamos ter de ser exigentes, rigorosos, competentes, porque é um jogo que perspectivamos de grande intensidade. Temos trabalhado muito, temos respondido de forma muito forte nos momentos mais difíceis, como foi uma evidência o último jogo. A equipa não se sente satisfeita com os resultados que tem vindo a conseguir, porque estão um pouco aquém daquilo que queremos fazer, mas satisfeita da forma como sai do campo, sempre debaixo de alguma exaustão, com a consciência que se entregou por completo ao jogo. Temos trabalhado muito para que continuemos neste caminho. Este é mais um jogo em que vamos partir com consciência clara do valor do adversário, mas mas também com consciência do nosso valor.
Até que ponto a ausência do Tyler Boyd pode alterar a estratégia para este jogo?
Temos de resolver o problema e vamos fazê-lo. Tenho confiança no meu plantel, nos meus jogadores, porque vejo-os no dia a dia a trabalhar. Os resultados acrescentam sempre mais confiança, como não ganhamos o último jogo não estamos na confiança máxima, há sempre mais um pouco para enchermos porque essa confiança atinge-se através dos resultados. Nesta modalidade o resultado está no topo da pirâmide e só conquistando resultados é que nos enchemos de confiança. Mesmo com esse handicap, vamos a jogo com toda a confiança nos 11 que estarão em campo.
Os jogadores podem acusar a carga emotivo do jogo e não conseguirem colocar em campo o futebol que o Vitória tem mostrado?
A dimensão do rendimento psicológico interfere na performance dos jogadores ao longo do jogo, mas temos o conforto de ter o apoio dos nossos adeptos para fazer face às dificuldades que nos aparecem pela frente. Mais uma vez vamos sentir esse conforto e vamos ser sempre mais do 11 em campo, porque há uma energia forte que vem de fora, dos nossos adeptos. Mesmo debaixo desse ambiente, vamos sentir-nos confortáveis.
Que dificuldades espera que o Boavista possa colocar ao Vitória, um adversário com um percurso irregular?
Acho que o momento para se fazer um balanço é no final da primeira volta, mesmo assim não é fiável. Quando se acredita naquilo que se faz tem de se esperar pelo momento final para fazer a avaliação. Projectar o que vale o Boavista por oito jornadas pode ser fatal para a nossa parte. É melhor olharmos para a forma como o Boavista joga, uma equipa que procura de forma muito rápida variar o corredor, depois cruzamentos com muita gente na área. É uma equipa que reage muito forte à perda, a nossa equipa tem de ter a capacidade de fugir a esse momento de pressão. Há muitas características do Boavista para as quais devemos olhar de forma atenta. É um jogo de atenção máxima, concentração máxima.
Marcações: Vitória Sport Clube, Boavista, Luís Castro