Vitória goleado na última jornada da SuperLiga

O Vitória despediu-se com uma derrpta da SuperLiga. O 4-0 na casa emprestada do Benfica marcou um final de época desastroso. Como de algum modo se previa, o último jogo do campeonato foi desprovido de complexidades tácticas. As equipas apresentaram-se compreensivelmente relaxadas, mas se por um lado o Benfica foi capaz de maximizar o seu rendimento ofensivo em golos, por outro o Vitória não deixou de voltar a manifestar - sobretudo a partir do 2-0 - o menor rendimento que acusou nesta ponta final de época, acumulando a terceira derrota consecutiva.
É justo dizer-se que até ao primeiro golo benfiquista, o jogo foi gerido sob o signo do equilíbrio. De resto, antes de Féher apontar o primeiro dos seus três tentos, tinha sido o Vitória a criar as duas primeiras situações de relativo perigo na área de Bossio. Só que o Benfica foi mais eficaz (eficácia estendida posteriormente a todo o jogo), quando Armando bateu Rogério Matias na direita e ofereceu o golo ao regressado avançado húngaro.
Depois, veio outro momento determinante. A expulsão de Cléber, que viu o primeiro amarelo aos 16 minutos, foi avisado por Martins dos Santos da probabilidade de expulsão aos 22 e cometeu nova falta merecedora dessa punição um minuto depois do aviso! A inferioridade numérica desconjuntou e diminuiu efectivamente as possibilidades de êxito da equipa vitoriana, tendo, extensivamente, obrigado Inácio a remodelar o sector defensivo com a entrada de Abel para a direita, transitando Bessa para a esquerda, onde Rogério Matias foi substituído.
A equipa soube reagir às adversidades gradativamente mas na sua melhor fase encaixou o segundo golo em contrapé, quando Simão apareceu isolado, Palatsi ainda defendeu o primeiro remate mas foi impotente para deter a recarga de Tiago. O jogo ficaria definitivamente arrumado três minutos depois, com o terceiro golo na sequência de uma marcação deficiente de Bessa a Féher.
A tarefa do Vitória no segundo tempo resumia-se, pois, à necessidade de evitar números desastrosos no resultado. A tarefa do Benfica, para além da possibilidade de avolumar o seu triunfo, estendia-se à busca de golos para Simão ganhar a Bola de Prata. Acabou por ser Féher - o homem do jogo - a dilatar o resultado, mas neste período o Vitória desfrutou de boas ocasiões para amenizar o desaire, nomeadamente por Romeu aos 61 minutos.
A arbitragem de Martins dos Santos foi simples num jogo simples, ainda que Inácio possa ter alguma razão quando sublinha que Argel fez demasiadas faltas para ter observado unicamente um cartão amarelo. A verdade é que isso não desculpabiliza a justa expulsão de Cléber.

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