Direcção do Vitória responde a insinuações de Manuel Pinto Brasil
A Direcção do Vitória reagiu esta quarta-feira às acusações de Manuel Pinto Brasil.
Em causa está o pedido de esclarecimento do candidato derrotado nas últimas eleições, que questionou Emílio Macedo da Silva sobre vários processos, concretamente a venda de Bebé para o Manchester United e ainda o facto do jantar de aniversário do clube realizar-se no empreendimento MitPenha, propriedade do vice-presidente Paulo Pereira.Leia o comunicado na íntegra
"O Vitória faz anos! Completam-se, precisamente hoje, 88 anos sobre o nascimento do nosso Clube.
Esta ocasião, que se quer de festa, não será ensombrada por nada nem ninguém, seja pelos nossos adversários, seja por pessoas ligadas ao Vitória pelo vínculo associativo. Vem isto a propósito dum suposto pedido de esclarecimento publicado pela imprensa e relativo a actos de gestão desta Direcção.
Quando a maioria dos sócios elegeu os actuais corpos sociais, fê-lo por acreditar que as pessoas que os compõem eram as que melhor serviriam os interesses do Clube e as ambições deste. Foi então dado um voto de confiança para que se prosseguisse o caminho iniciado três anos antes, com a consolidação do Vitória como um Clube de projecção nacional, com resultados desportivos assinaláveis, dotado duma estrutura moderna e eficaz e com estabilidade em termos directivos.
Tudo isto sempre com a ambição de fazer mais e melhor, o que o capital de experiência acumulado permite e potencia. Mas sempre com total lisura de processos e uma absoluta transparência em termos de gestão financeira e contabilística. Longe vão os tempos em que as contas do Vitória só reflectiam parte dos seus activos e movimentos financeiros!
Mas atenção: não se confunda transparência com informação pública de questões e aspectos negociais concretos.
Diz-nos o referido capital de experiência que sempre que umas e outros são revelados publicamente, é meio caminho andado para se abortar o negócio e para comprometer negócios futuros.
Diz-nos ainda a nossa experiência e não só a nossa que não é com base em boatos e rumores que se atingem os objectivos propostos.
Dizem-nos ainda as mais elementares regras da boa-fé e lisura negociais que os contratos são para ser cumpridos.
Tudo isto serve para explicar que, como é prática habitual nas transferências internacionais, os aspectos contratuais concretos que envolveram a venda do jogador Bebé estão sujeitos a uma cláusula de confidencialidade imposta pelo Clube comprador.
Não significa isto que os sócios do Vitória ficarão privados de conhecer todos os montantes envolvidos na dita transferência, NÃO! Como em qualquer instituição que se preze, tudo, mas mesmo tudo, está devidamente reflectido na contabilidade do Clube, à qual os associados têm acesso nos termos estatutários. Aliás, é de pasmar que quem vem agora pedir esclarecimentos na praça pública NUNCA tenha solicitado qualquer informação. Daí que só possamos concluir que o que se pretende não é ser informado, mas antes fazer uma campanha de desinformação e desestabilização do Clube neste auspicioso início da época desportiva.
Por fim, gostaríamos de expressar a nossa congratulação pelos esclarecimentos prestados publicamente pelo Sr. Presidente da Câmara quanto à sua não intervenção na composição dos actuais órgãos sociais do Clube, como de resto foi, desde sempre, afirmado por nós e recentemente expresso pelo Presidente da Direcção em editorial do jornal do Clube, sem qualquer margem para dúvidas.
Fazemos daqui um apelo para que este dia em que se festeja o dia 1 do Vitória possa ser o início duma nova era para o Clube, com a união da Família Vitoriana, o que se consegue através de sócios empenhados, participativos e verdadeiramente informados, mas pelas vias próprias e não através de campanhas públicas de desestabilização nos meios de comunicação social."
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