Livro «Simão Freitas e a Cidade» é um documento histórico de memórias de Guimarães

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A Câmara Municipal de Guimarães promoveu a apresentação pública do livro «Simão Freitas e a Cidade». A obra, composta por cerca de 350 fotografias captadas pela objectiva do vimaranense Simão Freitas foi apresentada numa sessão que assinalou mais um aniversário da elevação do Centro Histórico a Património Mundial da UNESCO, como referiu o Vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva.

O livro é uma edição do Município de Guimarães, a partir do espólio fotográfico adquirido a José Carlos Moreira, antigo colaborador de Simão Freitas na Foto Simão.
“Com esta obra, celebramos parte deste património colectivo de Guimarães. Uma obra que homenageia Guimarães, os vimaranenses e Simão Freitas, e que agora faz parte, também ela, do património imaterial de Guimarães”, conclui o Vereador, que agradeceu à família de Simão Freitas, a Paulo Pacheco, coordenador da publicação, e a Alexandra Marques, do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, instituição que preservou e tratou o acervo que serviu de base à selecção das cerca de 350 fotografias que compõem a obra.
A sessão foi presidida pelo Presidente da Câmara. Domingos Bragança agradeceu a presença da família de Simão Freitas, e vincou a paixão com que o fotógrafo vimaranense vivia a sua Cidade, classificando-a como “uma marca identitária forte”, apanágio do sentimento de pertença que em Guimarães os Vimaranenses cultivam.

“A vida e os seus instantes foram excepcionalmente captados pela lente de Simão Freitas, pelo que este livro é um documento histórico que traz o passado ao presente, que mostra as diferentes camadas evolutivas da Cidade, a sua realidade física e as suas pessoas”, referiu o Presidente da Câmara.
Domingos Bragança disse que a obra é, em primeiro lugar, um legado para a família de Simão Freitas, mas também para todos os vimaranenses.
Paulo Pacheco, coordenador da publicação, falou da sua relação com Simão Freitas, e de como as conversas que tinha na sua loja nos anos 80 e 90 do século passado os colocava cúmplices na paixão pela fotografia.

“As primeiras imagens aéreas do Centro Histórico foram feitas por ele”, disse, revelando depois que foram necessários 15 anos para que o espólio fotográfico respeitante à Cidade e aos seus acontecimentos pudessem estar disponíveis no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. “Foram mais de 9.500 negativos em película de vários formatos que ao longo de um ano foram tratados pelos técnicos do arquivo na sua digitalização. Este foi um processo colectivo, com design de Alexandre Neves e texto do arquitecto Miguel Frazão”, concluiu.
Em representação da família, a neta de Simão Freitas, Luísa Guimarães, agradeceu ao Município de Guimarães o “excelente trabalho realizado com as fotografias”. “Este é um sonho de todos nós, que se concretizou. É uma memória que fica no coração da família e uma memória que fica disponível para todos os vimaranenses”, concluiu.


Marcações: Simão Freitas

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