"Poderes" tema escolhido para edição do Congresso Internacional - As Cidades na História em 2028

A quarta edição do Congresso Internacional - As Cidades na História terá como tema "Poderes", estando marcada para 2028, precisamente o ano em que Guimarães vai celebrar os 900 anos da Batalha de São Mamede.

A revelação foi feita pelo Secretário-Geral do encontro científico realizado na semana passada, entre os dias 25 e 27 de outubro, no Centro Cultural de Vila Flor.

Na sessão de encerramento, Antero Ferreira destacou que foi "a edição mais concorrida", tornando-o, por isso, "um sucesso". 

"O programa contava com mais de 130 comunicações, divididas por diferentes áreas temáticas, o que mostra que o evento está sedimentado e está a cumprir o seu principal objectivo: tornar Guimarães um marco na investigação sobre as Cidades", afirmou Antero Ferreira, ao dar conta que as actas serão publicadas e aproveitando para informar que as actas de "todas as edições", desde o I Congresso Histórico de Guimarães realizado em 1980, estão disponíveis no site do Congresso, alojado na página da internet do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, "o que é um património extraordinário para a investigação sobre a Cidade, sobre Guimarães, sobre Portugal".

Na intervenção final, o professor catedrático Jorge Fernandes Alves, da Universidade do Porto, realçou "o êxito do ponto de vista organizativo e do contributo colectivo para o avanço do conhecimento no domínio das cidades, abrindo portas para outros domínios", sublinhando o papel da "produtora da ideia e Presidente do Congresso, a professora Maria Norberta Amorim" e toda a equipa envolvida na organização. 

"Tivemos uma estrutura logística incomparável, não se encontra em lado nenhum esta estrutura que nos acolhe, Guimarães tem aí um ponto de apoio formidável para estas e para outras atividades", observou.

Referindo-se à temática da próxima edição "Poderes", Jorge Fernandes Alves apontou que "é propositadamente mais aberta e pode congregar mais interesses e múltiplos investigadores". 

"É aberta uma porta para crescer porque o poder está em todo o lado, tanto nos grandes como nos pequenos; como nos isolados - os indivíduos isolados têm muito poder, como se tem visto ultimamente - mas também na mobilização associativa, gremial, nas mais diversas temporalidades. Estas estruturas só são funcionais porque se podem mobilizar através de pessoas - há pessoas que trabalham na sombra para que outros trabalhem na luz", assinalou.

Em representação do Município, a vice-presidente Adelina Pinto agradeceu à professora Norberta Amorim "por ser a inspiração e continuar a acreditar que se vai fazendo a diferença, à comissão científica que validou as propostas, pela qualidade científica e pela forma como conseguiu alavancar tantas pessoas de renome e de qualidade a participar no Congresso".

"Somos uma cidade histórica, mas somos sempre muito desassossegados, por isso, temos estes espaços e conseguimos ter esta cidade patrimonial bem conservada e que mantém a sua história, as suas bases, abrindo-se a novos desafios. Uma cidade de cultura virada para a sustentabilidade ambiental", assumiu a responsável, congratulando-se pelo com a organização que envolveu sinergias do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, "da Casa de Sarmento aliada à Sociedade Martins Sarmento e à Universidade do Minho", "Este contexto que aqui se desenvolve de um trabalho coeso permite que as organizações consigam fluir de uma forma natural. No Antero, um agradecimento a toda a equipa", concluiu.

Marcações: Câmara Municipal de Guimarães, Sociedade Martins Sarmento, Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, Casa de Sarmento , III Congresso Internacional - As Cidades na História

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