Sociedade Martins Sarmento denuncia "valas de saque" no Castro de Sabroso
A Sociedade Martins Sarmento denunciou a existência de "valas de saque" no Castro de Sabroso resultantes de "práticas ilegais de detetorismo" (uso um detector de metais para encontrar moedas).
Ainda de acordo com a SMS, os materiais desenterrados, e parcialmente partidos, no decurso do saque, foram recolhidos pelos técnicos da instituição, para lavagem e identificação. São vários fragmentos de cerâmica e um fragmento talhado de quartzito. A maior parte dos fragmentos de cerâmica pertenciam a uma mesma peça. Seria um púcaro modelado a torno e fabricado através de cozedura redutora, com pasta fina, onde se identificam pequenos grãos de quartzo, e com a superfície previamente afagada. Trata-se de uma peça de louça de mesa, que corresponde à especialização funcional das cerâmicas da última fase da Idade do Ferro (séculos II e I a. C.).
Estes materiais foram guardados, integrando assim o espólio do Castro de Sabroso, à semelhança das peças recolhidas em contexto de escavação.
A SMS lembra que a utilização de detectores de metais para pesquisa de objectos e artefactos históricos é proibida em Portugal, bem como a utilização e transporte destes aparelhos, não licenciados, para efeitos de pesquisa em monumentos. Do mesmo modo, é proibida a recolha de materiais arqueológicos, mesmo estando à superfície, pelo que esta prática deve ser denunciada junto das autoridades.
"A SMS fará o que estiver ao seu alcance para proteger e recuperar, para a fruição pública, a relevante herança cultural que é o Castro de Sabroso", concluiu o comunicado da SMS.
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