Carla Teixeira é professora de Português e mostra a importância da língua de Camões
A língua portuguesa é um dos maiores patrimónios culturais do mundo. Com mais de 265 milhões de falantes espalhados pelos cinco continentes, é a sexta língua mais falada no planeta e o terceiro idioma mais falado no mundo ocidental. É também a língua oficial de nove países, unindo povos com histórias, culturas e realidades muito distintas. Rica em nuances, a língua de Camões é conhecida pelo seu vastíssimo léxico, pela melodia única que a caracteriza e pela sua capacidade de adaptação às novas realidades, integrando palavras que reflectem as transformações da sociedade, como, por exemplo, 'bué' que já está incluída em alguns dicionários de português!
No entanto, esta riqueza não se limita às palavras. A língua portuguesa é uma herança viva, que carrega em cada expressão a identidade de quem a fala, a história de quem a moldou e a cultura que a sustenta. É também uma das poucas línguas que guarda em si a tradição literária de grandes escritores como Camões, Pessoa e Saramago, sendo que este último foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, ao mesmo tempo que se transforma para acolher as necessidades do mundo moderno.
Mas, como qualquer língua viva, também enfrenta desafios. Entre as mudanças trazidas pelo novo acordo ortográfico, implementado em 2009 e que continua a dividir opiniões, o impacto das novas tecnologias na forma como comunicamos e a complexidade de manter a sua unidade nos diferentes países lusófonos, o português exige um cuidado constante para que não se perca a sua essência e identidade.
Foi precisamente neste contexto que a professora Carla Teixeira, com mais de três décadas dedicadas ao ensino, partilhou as suas reflexões sobre o Dia Internacional da Língua Materna, que se celebra a 21 de Fevereiro. Para a docente, esta data vai muito além da celebração de uma língua. É um momento para valorizar a cultura, a história e, sobretudo, a identidade de um povo.
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