Mário Lourenço é psiquiatra e sexólogo e através da sua experiência profissional assinalamos o Dia Mundial do Fetiche
No Dia Internacional do Fetiche, que se celebra a 17 de janeiro, a conversa com o sexólogo Mário Lourenço leva-nos a uma exploração abrangente da sexualidade humana, desmistificando um tema frequentemente cercado por tabus e preconceitos. Ao longo da sua prática clínica, tem ouvido diversos relatos e ajudado muitas pessoas a lidar com questões relacionadas a fetiches e outras dimensões da intimidade, sempre com foco na saúde emocional e no bem-estar dos envolvidos.
“Os fetiches são expressões legítimas da sexualidade e fazem parte da complexidade do desejo humano”, afirmou Mário Lourenço. “Não se trata apenas de algo excêntrico ou incomum. Muitas pessoas têm preferências específicas que envolvem objectos, cenários ou práticas e, quando vividas de forma consensual, essas experiências podem enriquecer significativamente a vida sexual.” Ele ressalva que fetiches como voyeurismo e sadomasoquismo estão entre os mais comuns, mas que muitas vezes as pessoas têm receio de falar sobre eles. “O medo de julgamento ainda é um grande obstáculo. Vivemos numa sociedade que, apesar de mais aberta, mantém preconceitos sobre o que é considerado normal ou aceitável.” Porém, reforça que esses fetiches devem ser praticados consensualmente entre parceiros e sem causar danos emocionais ou legais e que não sejam uma constante na relação sexual, caso contrário ao longo do tempo pode ser considerado uma obrigação.
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