Leonel Nunes é geólogo de profissão e paixão

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O último sismo registado em Portugal Continental ocorreu no passado dia 26 de agosto e fez-se sentir em vários concelhos do país. Guimarães não foi exceção. O sismo, com magnitude 5,3 na escala de Richter, ocorreu às 05h11 (horário local) e o epicentro deu-se a 58 quilómetros a oeste de Sines. Foram registadas, nas horas seguintes, nove réplicas de pequena magnitude. Este pequeno abalo deixou a população portuguesa em alerta, e foram muitos os relatos deixados nas redes sociais. Uns diziam que nada sentiram, foi o meu caso, outros disseram que a cama até mudou de lugar. Aqui em Guimarães houve zonas onde o terramoto se fez sentir mais intensamente e assustou os vimaranenses que, na sua maioria, se encontravam a descansar. Durante vários dias, o sismo foi a conversa de café de muita gente, e até os telejornais aproveitaram para dar destaque ao tema, convidando especialistas para comentar o fenómeno. Também a BIGGERmagazine foi ao encontro do geólogo Leonel Nunes para tentar descobrir um pouco mais sobre o assunto. "Este tipo de sismos, com magnitude moderada, são frequentes em Portugal. Ainda assim, a geologia do terreno pode fazer com que em alguns locais se sintam os abalos de forma mais intensa do que em outros. Tudo depende da litologia dos terrenos", explicou.

O sismo mais intenso alguma vez registado neste país foi o de 1755, com magnitude de 8,7. Como é óbvio, actualmente ninguém está vivo para recordar esses momentos de terror. Porém, o de 1969, o terceiro maior da história de que há registo, com magnitude de 7,9, também foi bastante intenso e são várias as pessoas que se lembram bem do susto quando sentiram a terra a tremer. Vários prejuízos registados e 13 mortos foram a consequência desse fenómeno natural. "É fundamental compreender que, apesar de não podermos prever os sismos com precisão, conseguimos identificar áreas de maior risco e preparar-nos melhor para eventos futuros. O de 1969 foi um lembrete de como as nossas infraestruturas precisam estar preparadas para lidar com essas forças da natureza", acrescentou.

Para saber mais sobre o tema ou saber o que fazer em caso de terramoto leia esta entrevista na íntegra na BIGGERmagazine de Outubro!

 

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