Máquinas utilizadas na limpeza incomodam moradores do Centro Histórico de Guimarães
A limpeza manual, com recurso a vassouras, poderá regressar ao Centro Histórico de Guimarães, para garantir a tranquilidade dos moradores. A informação foi prestada pelo Presidente da Câmara, em resposta a uma intervenção do Vereador da CDU.No período antes da ordem do dia, José Torcato Ribeiro mostrou-se preocupado com os incómodos causados aos moradores que, ao romper do dia, são obrigados a ouvir o barulho dos equipamentos utilizados na limpeza de ruas e praças, pedindo uma solução. "Os métodos utilizados na limpeza do espaço público são demasiado violentos", disse, ao dar conta que tem ouvido a reclamação de moradores do Centro Histórico, queixando-se que "o compressor faz muito barulho". "Querem ter pessoas a viver, mas faz sentido criar condições para que as pessoas tenham sossego, assim não pode ser, pois pedem tolerância para com o barulho causado pelo funcionamento dos bares e, depois, acordam as pessoas de madrugada com o barulho das máquinas de limpeza", observou o representante da CDU, pedindo que sejam utilizados equipamentos silenciosos. "Se não existirem, porque não lançar o desafio às universidades para investigarem e, assim, possam surgir", acrescentou, desafiando os serviços a serem "audazes". "Há moradores num espaço estratégico e, por isso, tem de compatibilizar todos os interesses: o dos comerciantes, os moradores e das festas", alertou Torcato Ribeiro.
Na resposta, durante a reunião, o Vereador do Departamento de Serviços Urbanos da Autarquia afirmou, peremptório: "não tenho solução. A limpeza tem de ser feita antes do dinamismo da vida diária do Centro Histórico". "Intercalamos os espaços para não aborrecer as pessoas. A Vitrus tem investido no material mais adequado. Ou temos o Centro Histórico limpo, ou... É um equilíbrio muito difícil de gerir".
O Presidente da Câmara interveio para dizer: "temos de ter atenção e encontrar solução, pois as pessoas têm direito ao descanso".
Depois, no final da reunião, Domingos Bragança confessou que os moradores já lhe fizeram saber que "acordam com o barulho das máquinas de limpeza". "Acho que eles têm razão e é preciso encontrar uma solução, nem que se tenha de voltar ao método antigo da varredura, em que a vassoura era utilizada pelos funcionários da limpeza, fazendo esse trabalho nas zonas mais sensíveis", admitiu, vincando: "as pessoas têm direito ao descanso.
"Se for possível obter equipamentos eléctricos que não façam esse barulho, melhor! Senão teremos de adoptar medidas de trabalho manual. É mais caro, mas temos de o seguir. Já tenho dado essa instrução e já falei com o Sr. vereador Amadeu Portilha e vamos alterar em alguns locais da Cidade esse modo de proceder. Não pode ser generalizado, senão temos um pelotão de pessoas a varrer a Cidade", sustentou.
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