Há cada vez mais cremações desde a abertura do serviço em Guimarães
O movimento do crematório de Guimarães está a aumentar desde que o serviço foi inaugurado no início de 2022. A Servilusa, entidade responsável pela gestão do equipamento existente no Cemitério de Monchique, indica que "a cremação está a crescer e as famílias olham para essa opção, cada vez mais, como solução de futuro".
Como tem evoluído a actividade do crematório de Guimarães, inaugurado em Janeiro de 2022, nomeadamente quanto ao número de cremações registadas?
O Centro Funerário e Crematório de Guimarães resulta de um investimento de 800 mil euros da Servilusa, foi inaugurado em 2022 com uma capacidade de até cinco cremações por dia e a sua atividade tem evoluído muito em linha com que está a acontecer um pouco em todo o país, onde vemos os valores de funerais com opção por cremação a aumentar de ano para ano: 30% dos cerca de 120 mil funerais realizados em todo o País, em 2023. Para termos uma ideia mais clara, recorde-se, por comparação, que em 2010 a taxa de cremações em Portugal era de apenas 8% e em 2014 de 14%.
Verifica-se o aumento da opção pela cremação em detrimento da sepultura?
Sim. E no caso do Centro Funerário e Crematório de Guimarães, é essa a nossa percepção. As famílias e amigos dos falecidos têm vindo a recorrer cada vez mais ao crematório. Além de estar integrado num cemitério de referência, a nível nacional e estar associado a um edifício premiado pela sua arquitetura, o crematório possui uma entrada e uma zona técnica independente, permitindo desta forma que o acesso das viaturas funerárias, seja distinto do utilizado pelas famílias, que poderão acompanhar e fazer a despedida até ao último momento, do familiar ou amigo, numa área e num espaço integrado para a função a que se destina: As principais valências de apoio do crematório, como é já tradicional na rede da Servilusa, incluem espaços para Receção, Sala de Estar, Cafetaria, Capela Ecuménica, sala de Preparação de falecidos com câmara frigorífica e um Jardim da Memória ou Cendrário.
Que números evidenciam a escolha dessas opções?
A cremação está a crescer e as famílias olham para essa opção, cada vez mais, como solução de futuro. Em especial nas grandes cidades e na faixa litoral, bem como entre os funerais Servilusa, onde esta já é a opção tomada pelas famílias em mais de 50% dos funerais realizados.
Que questões mais frequentes são colocadas pelos clientes relativamente à cremação?
As questões mais frequentemente colocadas pelas famílias estão relacionadas com o preço da cremação e com o destino a dar às cinzas. E em ambos os casos, a opção pela cremação tende a ser mais valorizada, em primeiro lugar pelo facto de ter um custo inferior ao da inumação tradicional (considerando o custo de sepultura, da lápide e de manutenção). Por outro lado, com uma população cada dia mais urbana, com a cremação a ausência de preocupações com o destino a dar aos restos mortais, evitando os habituais levantamentos de ossadas, acaba por ser muito valorizada no momento da decisão. O destino a dar às cinzas acaba por ser mais simples de decidir do que no caso das ossadas.
Que opção predomina relativamente à livre circulação das cinzas: cemitério, jazigo particular ou em local reservado existente no crematório?
A solução mais recorrente, como destino das cinzas, é a colocação das mesmas no Jardim da Memória (cendrário) do Centro Funerário e Crematório. A opção de colocar em urna para cinzas e depositar num jazigo de família ou guardar em local à sua escolha, também é frequente. Mais recentemente, destinos relacionados com a natureza têm vindo a recolher mais preferências: colocar as cinzas no mar ou perto de uma árvore a plantar em local com simbolismo ou relevo afetivo. Produzir uma jóia com base nas cinzas é ainda outra das alternativas que a Servilusa coloca à disposição das famílias.
Do ponto de vista financeiro, a cremação é mais económica ou é o funeral tradicional de inumação?
A cremação tem várias vantagens, desde logo, o menor custo e a ausência de preocupações com o destino a dar aos restos mortais alguns anos após o falecimento, evitando os habituais levantamentos de ossadas, como já referido noutra resposta. A tabela de preços para cremações encontra-se sempre balizada pelas regras e tarifário dos serviços definidos no concurso público e fixados no contrato de concessão da Câmara Municipal com a Servilusa.
No caso de Guimarães, o valor de uma cremação é de 270 euros.
Marcações: Crematório de Guimarães