Dario Silva é o novo juiz da Irmandade de São Crispim e São Crispiniano em Guimarães

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Dario Silva é o novo Juiz da Irmandade de São Crispim e São Crispiniano, sucedendo ao saudoso José Pereira que, durante muitos anos ocupou o cargo e inesperadamente faleceu no passado dia 25 de Maio.

"Não é fácil assumir estas funções. O sr. José Pereira dava muito de si a esta Instituição, deixando um legado que temos de honrar", adiantou o novo dirigente, ao frisar: "foi com grande sentido de responsabilidade que aceitei a indicação por unanimidade dos restantes irmãos e só tenho de agradecer a confiança".

Com uma origem que remonta à Idade Média, a Irmandade de São Crispim e São Crispiniano tem a sua emblemática capela voltada para a Rua da Rainha D. Maria II, desenvolvendo-se o restante conjunto patrimonial na confluência com a viela ali existente. Esse recanto edificado constitui um tesouro pouco conhecido no Centro Histórico de Guimarães, com o Albergue que serve de recolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade, onde todos os anos desde 1315 na véspera de Natal é servida a tradicional Ceia dos Pobres.

"Desde miúdo que conheço estes edifícios, testemunhos vivos da evolução da arquitectura e das técnicas de construção características e distintivas do Centro Histórico classificado pela UNESCO com o título de Património Mundial. Já colaboro há muitos anos nas actividades da Irmandade, especialmente na sua Ceia de Natal. Por isso, aceitei este desafio com a vontade firme de garantir a continuidade de um legado, de contribuir para não deixar cair a vida de uma Instituição com mais de 700 anos, estando juntamente com a equipa que me acompanha com uma atenção às novas realidades", declarou Dario Silva, fazendo questão de elogiar a "dedicação inigualável e o trabalho inexcedível do sr. José Pereira".

"Só agora nos apercebemos da dimensão das questões que o sr. José Pereira tão discretamente resolvia. Estamos a preparar o que vamos fazer em setembro, outubro, novembro e dezembro. Há passos que têm de ser dados e que são fundamentais para que a alegria nunca esmoreça na noite da Consoada, mesmo agora com a ausência do nosso tão saudoso Juiz que em devido tempo será homenageado", manifestou Dario Silva.

Ao perspectivar as actividades para o mandato de três anos, o dirigente da Mesa da Irmandade observou que "a organização da Ceia de Natal tem sido até agora a grande manifestação", existindo a intenção de "abrir a Irmandade de São Crispim e São Crispiniano, o seu Albergue e Capela à comunidade, acolhendo eventos religiosos e culturais. "Vamos tentar abrir mais vezes, tentar inserir o nosso conjunto no roteiro do Património Mundial, nomeadamente com a explicitação da sua relação com o alargamento à Zona de Couros. Estamos receptivos a trabalhar com a Cáritas, com a Cruz Vermelha Portuguesa e com a Câmara Municipal de Guimarães no sentido de podermos colaborar em situações de emergência, disponibilizando alguns nossos quartos para que as pessoas possam ter um local de repouso enquanto os serviços sociais encontram outras soluções mais definitivas", apontou, indicando que o primeiro ano do seu mandato servirá para definir o enquadramento da Instituição nas respostas de solidariedade social. "Estou confiante na equipa que aceitou este desafio. São pessoas que conhecem o espírito desta Irmandade, pessoas que estão sempre disponíveis para ajudar. Vamos tentar engrossar o número de irmãos para que possamos abrir a Instituição à sociedade e fazermos mais trabalho social. Ter este edifício só para servir a Ceia da Natal é muito pouco", referiu, sem esconder algumas preocupações que estão no horizonte: "a segurança do edifício e a videovigilância".

Os corpos sociais para o triénio são: Assembleia Geral: Presidente - Paula Oliveira, 1º Secretário Luís Pereira, 2º Secretário César Novais; Mesa Gerente: Juiz - Dario Silva, Secretário Fernando Soares, Tesoureiro Carlos Duarte, 1º vogal: Augusto de Oliveira, 2º vogal: Joaquim Aarão da Cruz; Conselho Fiscal: Presidente - José Dias Pereira, 1º vogal Manuel Fernando Silva; 2º vogal Pedro Teixeira. O padre Paulino Carvalho assume as funções de "órgão de vigilância".

Marcações: Irmandade de São Crispim e São Crispiniano

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