Santa Casa da Misericórdia de Guimarães investe na reabilitação do Lar Rainha D. Leonor
A Santa Casa da Misericórdia de Guimarães já iniciou as obras de reabilitação do Lar Rainha D. Leonor, em Urgezes. A intervenção privilegia nesta fase a requalificação das coberturas do imóvel, devendo posteriormente abranger os espaços interiores e as caixilharias.
"As obras terão de ser faseadas porque o projecto global de restauro e beneficiação do edifício atinge exige valores muito elevados", adiantou o Provedor daquela Instituição, precisando que "está a decorrer a intervenção inicial". "Há uma necessidade urgente e emergente de realizar obras naquelas instalações. O edifício foi construído há 38 anos", acrescentou Eduardo Leite, ao esclarecer que a Mesa Administrativa "tem por obrigação tomar conta do edificado".
"O Lar Rainha D. Leonor é um edifício muito grande. É talvez o maior de Guimarães. É um edifício bastante complexo e as obras de conservação têm de ser cuidadas, porque o imóvel precisa de muita intervenção", observou o responsável.
No sentido de zelar pela beneficiação, o Provedor explicou que a Santa Casa procedeu à elaboração de um projecto para a realização da reabilitação integral do edifício. "O valor global necessário para a execução do projecto impressiona, porque a orçamentação para o restauro de todo o edifício ronda um milhão e 600 mil euros", revelou, ao indicar que a Instituição "não tem capacidade financeira para assumir um valor tão elevado". Por isso, continuou, "foi colocada a questão à Assembleia Geral da Santa Casa e foi tomada a decisão de contrairmos um empréstimo, no valor de 500 mil euros, para avançarmos para a primeira parte das obras". "A equipa técnica responsável pelo projecto, sinalizou a renovação do telhado como tendo carácter prioritário porque existiam muitas infiltrações. Assim, neste momento, estão a ser feitas as impermeabilizações, devendo a obra ficar concluída durante o mês de Janeiro. E só não ficou antes devido às intempéries. Esta será a primeira fase, para a qual já temos empréstimo bancário para a solucionar", contextualizou Eduardo Leite.
Quando estiver concluída esta etapa das obras, a Santa Casa pretende dar continuidade ao projecto de requalificação, com uma programação que privilegiará intervenções em cada uma das três alas. "Se conseguirmos fazer as obras alternadamente em cada uma das alas, de uma só vez, será óptimo", perspectivou, salvaguardando: "ainda não sabemos devido ao montante em causa, porque implica a renovação dos espaços interiores e a substituição de todas as caixilharias. As janelas são quase todas em madeira e em 38 anos esse material deteriorou-se. Só para a renovação das caixilharias será necessário um montante muito significativo".
Face aos avultados meios financeiros exigidos, Eduardo Leite frisou que está a ser equacionada a intervenção na ala B, depois na A e na C, estando esse planeamento dependente de financiamento através de fundos comunitários. "O Lar precisa desta renovação. O edifício é muito bom, tem quartos fantásticos, talvez dos melhores que existam na instituição, mas é um imóvel com muita idade e com problemas que precisam de ser corrigidos", admitiu, indicando que aquela Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) acolhe 120 utente e "está sempre com a lotação máxima".
"Este é um dos grandes projectos para este ano, diria até para este mandato, porque exige um volume financeiro considerável", salientou, ao realçar que a comparticipação que "o Estado dá às instituições é manifestamente reduzida". "Estamos a ver se conseguimos obter financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência, dada a possibilidade de incluirmos o projecto nas acções relacionadas com a eficiência energética", salientou Eduardo Leite, ao vincar: "Esta administração está empenhada em colocar o Lar Rainha D. Leonor no pedestal que tem de estar, reabilitando todo edifício para proporcionar o conforto e qualidade de serviços que os utentes merecem".
Marcações: Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, Lar Rainha D. Leonor