Santa Casa da Misericórdia de Guimarães envida esforços para requalificar Lar Rainha D. Leonor

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O Lar Rainha D. Leonor precisa de uma requalificação profunda, estando a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães a envidar esforços para que as obras de reabilitação sejam concretizadas.

"É um edifício que acolhe 120 utentes. É um espaço de grandes dimensões que está construído há mais de três décadas e que nunca teve obras de vulto", justificou o Provedor da centenária Instituição, ao reconhecer que as instalações encontram-se degradadas e precisam de ser requalificadas.

"Por muito boa vontade e esforço que tenhamos com a manutenção constante, os materiais degradam-se e a requalificação vai implicar um investimento brutal", reconheceu Eduardo Leite, explicando que a Instituição está a efectuar um levantamento de todas as necessidades para avançar com o início da obra no exterior.

"Os telhados e as fachadas laterais precisam de ser impermeabilizados, as caixilharias têm de ser substituídas, o edifício terá de ser requalificado tendo em vista um modelo de eficiência energética, possivelmente com a colocação de painéis fotovoltaicos", considerou, ao mostrar-se esperançado de que "a obra grande possa começará neste mandato". "Ainda não faço ideia do valor financeiro que exigirá, mas temos de começar pelo telhado e pelas paredes laterais", insistiu, destacando a qualidade do Lar que "tem quartos fantásticos que precisam de obras de conservação". "Todo o edifício precisa de ser reconstruído, acusa o peso da idade e exige um investimento avultado para ser totalmente recuperado", afiançou Eduardo Leite, ao declarar que o projecto de intervenção exige financiamento "porventura através de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência".

"Temos mantido contactos com o Município de Guimarães, um parceiro que tem sido sempre presente. A reabilitação integral daquele edifício é obrigatória, não podemos adiar mais tempo", vincou, convicto de que a intervenção tenha início neste segundo mandato em que lidera os destinos da Santa Casa da Misericórdia.

"No anterior mandato tinha sido convidado por algumas pessoas para assumir funções, aceitei o desafio porque achei que seria uma experiência interessante ajudar a Instituição e a Cidade. Assumi funções e os quatro anos de mandato deram para aprender muito, porque apanhei uma pandemia, prova maior não podia ter, foram quatro anos imprevisíveis", afirmou o Provedor.

"A pandemia deixou marcas em todas as instituições. A Santa Casa com cerca de 300 utentes e 250 funcionários sentiu os efeitos desses anos que tão cedo não serão esquecidos. Felizmente, no pós-pandemia, no último ano, conseguimos um saldo positivo nas nossas contas. Apesar de novas vicissitudes complicadas, porque nos meses de Maio e Junho o valor da energia passou de cerca de 25 mil euros/ mês para perto de 100 mil euros, o que deixou-nos muito preocupados por ser insustentável para a Instituição. Felizmente, conseguimos ultrapassar essa contrariedade e o ano terminou com as contas equilibradas, contrariando as dificuldades que foram sentidas em 2020 e 2021", manifestou Eduardo Leite, elencando como prioritária a intervenção no edifício do Lar Rainha D. Leonor.

Marcações: Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, Lar Rainha D. Leonor, Obras de requalificação

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