Igreja de Urgezes assaltada: Levaram coroa e palma de Santo Estêvão, esmolas, vinho e até os rebuçados e chocolates das crianças da catequese

images/2023/carnaval_pevidem/assalto_igreja.jpg

A igreja paroquial de Urgezes foi assaltada. Os larápios terão actuado na madrugada de quinta-feira, conseguindo entrar no templo após terem arrombado uma pequena janela da zona onde está instalado o cartório paroquial, apoderando-se da coroa e da palma habitualmente colocadas na imagem de Santo Estêvão - o Padroeiro - bem como do dinheiro existente nas caixas de esmolas. Causaram ainda estragos avultados e levaram o vinho destinado às cerimónias, os rebuçados e os chocolates para as crianças que frequentam a catequese. "Sentimos que este espaço foi violado. É um lugar de encontro e de acolhimento e não de violência", lamentou o pároco Francisco Oliveira, ao explicar que se apercebeu do assalto quando entrou na área onde está a funcionar o cartório, dentro da igreja paroquial de Urgezes.
"Quando me dirigi à igreja, a porta estava fechada, tudo normal. Mas quando tentei entrar no cartório tive dificuldade em abrir a porta que estava já destrancada. Algo no chão impedia o movimento da porta", relatou, ao indicar que a pequena janela "foi arrancada com muita violência".

Perante o cenário que encontrou, segundo o sacerdote, "terão de ter sido duas pessoas" envolvidas no assalto, porque na zona exterior foi deixada uma palete que terá sido utilizada para acederem à janela. "Terão de ser duas pessoas, porque quem subiu certamente contou com ajuda para entrar e sair. Terá de ser alguém magro e alto. Dá-me a entender que é alguém que conhece o espaço pela forma como se movimentou", sustentou, ao revelar que "a destruição foi grande no cartório, porque rebentaram com a janela e com a porta que estava fechada".

images/2023/carnaval_pevidem/imagem_santo_estevao.jpeg

No interior da igreja, desapareceram as pratas do Padroeiro, "a coroa e a palma, que são colocadas na imagem de Santo Estêvão no dia de festa" (ver foto), esclareceu o Padre Francisco Oliveira, precisando que as caixas de esmolas "que têm sempre pouco dinheiro" ficaram vazias.

Os intrusos "levaram o vinho que estava destinado às cerimónias, os rebuçados e os chocolates das crianças da catequese". "Foi um roubo mesquinho. Andaram aqui à vontade!", considerou, incomodado por sentir que "o espaço foi violado". "Este é um lugar de encontro e acolhimento e não de violência". "Da nossa parte, não teremos ninguém a condenar, estamos prontos para perdoar, mas seria bom que a justiça se fizesse porque estas situações dão sempre uma sensação de insegurança muito grande às pessoas. Um espaço como este, em que toda a gente entra e sai com liberdade, alguém ousar introduzir-se nele para ter uma maldade é algo que nos deixa magoados. Como cristãos que somos "que Deus os abençoe apesar do mal que fizeram", mas que a justiça humana seja feita", referiu, aproveitando para apelar à devolução das pratas de Santo Estêvão. "Tenho esperança que elas regressem ao seu lugar na igreja, tinham sido restauradas há pouco tempo, por oferta de uma jovem catequista que decidiu recuperá-las porque estavam algo estragadas. Estavam bonitas, vamos ver se elas aparecem", manifestou o sacerdote que exerce funções em Urgezes há 14 anos e que pela primeira vez viu assaltada a igreja paroquial. "Já nos assaltaram a capela da Senhora dos Remédios duas vezes, já vieram à residência", recordou, expressando o desalento pela ocorrência deste assalto que foi participado à PSP de Guimarães.

Marcações: assalto, Urgezes

Imprimir Email