Projecto Portas Abertas identificou 86 pessoas sem abrigo em Guimarães

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O projecto Portas Abertas visa promover a inclusão social activa da população em situação de sem-abrigo, através de intervenções holísticas e concertadas, da mobilização da Rede Social, da sensibilização da comunidade e da promoção de competências individuais.

No decurso do projecto foram identificadas 53 pessoas sem tecto, 27 sem casa e seis migrantes, num total de 86 pessoas, a maioria era do escalão etário entre os 45 e os 64 anos. 73 pessoas identificadas eram homens e 13 mulheres, sendo a maioria solteiras e sem rendimentos.
A maioria era de nacionalidade portuguesa (70), mas foram também identificados marroquinos, brasileiros, moçambicanos e espanhóis.
A maioria das pessoas identificadas encontrava-se na condição de sem abrigo devido a dependências.
Às pessoas identificadas foram disponibilizados 539 mil serviços, nomeadamente pequeno almoço, banho, almoço, lanche e jantar, tratamento de roupa e cabeleireiro. Aos mesmos foram proporcionadas actividades diversas, como promoção das competências pessoais e sociais; actividades desportivas; actividades de lazer e comemorativas; torneios recreativos; actividades artesanais e artes performativas do projecto Tabu.

Face a estes resultados, a Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal de Guimarães falou de uma realidade que não pode ser ignorada. "Não podemos assobiar para o lado", afirmou.
O financiamento do projecto já terminou mas o Município de Guimarães já decidiu que o Portas Abertas vai continuar até final deste ano, em nome de uma comunidade e de um território "solidário e justo", como destacou Paula Oliveira.
O projecto do Município de Guimarães, desenvolve-se em colaboração com a Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa, a Cooperativa Sol do Ave e o Lar de Santo António.
Nesta altura o Município mantém activo um Centro de Acolhimento e Emergência Social, na antiga escola Chã de Bouça, na freguesia de Atães.

Na sessão foi lançada a campanha «100% Abrigo», através da qual se pretende promover junto da sociedade civil e do público em geral a "desconstrução de estereótipos e a sensibilização para este problema social".
O Director Regional de Braga da Segurança Social, João Ferreira, salientou a importância prosseguir o trabalho em rede que tem sido desenvolvido e que procura encontrar "respostas eficazes" para o problema dos sem abrigo.
Na mesma sessão foi revelado que a CIM do Ave tem um curso um plano intermunicipal para o desenvolvimento social do Vale do Ave que tem por objectivo identificar prioridade para intervenção ao nível da infância, juventude, família, idosos e pessoas sem abrigo.


Marcações: portas abertas

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