LGBTQIA+ Guimarães denuncia violência homofóbica na zona de Monchique

Um homem foi vítima de violência homofóbica no passado dia 23, cerca das 18h30, na zona do cemitério de Monchique.
O caso foi denunciado pelo Movimento Guimarães LGBTQIA+ que alerta para a "ocorrência de actos de violência homofóbica, na zona de «cruising», do parque de estacionamento, do cemitério de Monchique".


De acordo com aquele Movimento, a vítima foi atacada por "dois indivíduos, na faixa etária dos 20 anos, que agrediram selvaticamente, a soco e pontapé, deixando-lhe o rosto inchado e banhado a sangue".
Segundo o mesmo Movimento, a vítima, "um idoso e casada" foi atacada "apenas e só, devido à sua orientação sexual".
"O engodo e a entrada e saída dos agressores, na mata, foi testemunhada, assim como parte da matrícula da viatura em que fugiram, tal como a marca, modelo e cor do veículo", refere o Movimento. A testemunha prestou auxílio à vítima que recusou apresentar queixa junto das autoridades policiais.
Um responsável do Movimento afirmou ao Grupo Santiago que este é apenas "mais um caso dos vários ocorridos nos últimos tempos, na mesma zona e sempre à luz do dia". O mesmo responsável afirmou que nenhum caso foi participado às autoridades.
"Note-se, falamos de pessoas vulneráveis, com medo e receio de se exporem, pois o «cruising» é a procura de relações sexuais gratuitas, consensuais e anónimas em locais públicos, tais como matas, praias e parques de estacionamento", afirmou.

Entretanto, o Movimento Guimarães LGBTQIA colocou alguns avisos em plataformas digitais e, "como resposta, recebemos mais denúncias de ameaças homofóbicas que identificam indivíduos com a mesma descrição. Por conseguinte, parece haver um padrão, que indicia, a probabilidade, da existência de mais casos".
Por tudo isto, o Movimento alerta as autoridades dado o "receio que possa estar em curso uma escalada de crimes homofóbicos. Recordamos que o aumento de tais práticas se ligam directamente ao aumento da intolerância na sociedade, ao discurso de ódio e à ausência da aceitação e da verdadeira inclusão".


Marcações: Monchique , LGBTQIA+

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