Greve na Amtrol-Alfa com adesão de 70 a 80%
A greve dos trabalhadores da Amtrol-Alfa Metalomecânica SA, em Brito, teve uma adesão de 70 a 80%, indicou a Comissão de Trabalhadores, estando dezenas de funcionários concentrados hoje junto às instalações da empresa.
Os trabalhadores, que reivindicam da empresa de metalomecânica aumentos salariais e pelo "facto de a empresa não aceitar, nem se disponibilizar, para negociar as propostas reivindicativas de 2023". Uma acção de protesto e de luta que condicionou o funcionamento da empresa, segundo o Coordenador da comissão de trabalhadores.
Jorge Ribeiro afirmou que a empresa "reduziu" a produção, com "linhas paradas", e lamentou a recusa da administração em negociar os cadernos reivindicativos da Comissão de Trabalhadores. "Temos apresentado ao longo dos anos Cadernos Reivindicativos que são aprovados apenas 10%, sendo que este valor ainda é alterado. Não há dúvida que 90% dos trabalhadores da Amtrol-Alfa serão 'apanhados' pelo Salário Mínimo. Lamentamos ainda que os nossos governantes não estejam atentos a esta situação", disse.
O Coordenador da comissão de trabalhadores Amtrol-Alfa recordou o "aumento de nível de vida" e o "crescimento de 16,7% na metalomecânica" para sustentar que as propostas apresentadas eram "razoáveis".
"As propostas eram o aumento do salário igual ao aumento do salário mínimo nacional na integração da empresa ou de 45 euros para todos os trabalhadores, aumento do subsídio de alimentação para seis euros, que neste momento é cinco, o dia de aniversário como folga, mas a empresa decidiu dar um cabaz básico que não foi comunicado o valor, etc. Nada disto tem sido aceite pela empresa", argumentou.
A Comissão de Trabalhadores tem ainda agendada nova ação de luta para o dia 22, quarta-feira. Para o próximo mês está ainda marcado novo Plenário de Trabalhadores para decidir se continuam as acções de luta na Amtrol-Alfa.
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