IPSS de Guimarães atravessam momentos "difíceis" e "exigentes"

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"As instituições sociais atravessam momentos muito difíceis e exigentes. Saímos de um período pandémico que continua a ter repercussões na vida das instituições, mas além do impacto da Covid-19 na gestão, a guerra na Ucrânia e o aumento da inflação estão a colocar as IPSS perante grandes desafios porque elas funcionam 24 horas por dia, todos os dias do ano". Estas considerações foram proferidas pela Vereadora da Acção Social, Paula Oliveira, esta quarta-feira, durante a cerimónia de assinatura dos protocolos com 99 instituições de solidariedade social do concelho de Guimarães realizada no pequeno auditório do Centro Cultural de Vila Flor.

“Os apoios são concedidos ao abrigo de um Regulamento", observou a responsável, considerando que as IPSS "são a nata da rede social". "Estes apoios, ao todo no valor de um milhão 131 mil euros, destinam-se à execução de projectos e desenvolvimentos de actividades que foram objecto de candidaturas", acrescentou, lembrando que o Município atribuiu cerca de 300 mil euros directamente a diversas instituições para projectos de inovação social, estando ainda a financiar a continuidade de iniciativas de alcance social que nasceram do Orçamento Participativo.

"Os apoios sociais ascendem a mais de dois milhões de euros do orçamento municipal. Sabemos que os subsídios atribuídos não satisfazem todos os anseios das IPSS", declarou Paula Oliveira, ao realçar o trabalho de proximidade que tem sido mantido no acompanhamento da realidade específica de cada das IPSS. "Há um agravamento dos custos que têm necessariamente de ser suportados. O aumento da factura de energia na ordem de 200 por cento, 300 por cento e até 400 por cento tem um grande impacto económico-financeiro na gestão das IPSS, trazendo graves problemas para a sua auto-sustentabilidade. Aproxima-se o inverno e as instituições não vão querer perder o conforto e a qualidade dos serviços que prestam aos utentes", disse, manifestando a esperança de que surjam medidas "mais robustas" do Governo para o apoiar a actividade das IPSS. "Não sabemos o que se vai passar. O contexto actual afecta as famílias que são o público alvo destas instituições, espero que o Governo possa ter medidas consistentes no tempo, robustas, para o apoio às instituições que bem merecem", apontou.

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Paula Oliveira adiantou que o Município de Guimarães está a preparar o Orçamento para 2023, assegurando que "o apoio às famílias não será descurado". "Se tivermos de reforçar, iremos fazê-lo. Continuaremos a manter esta atenção de acordo com as dificuldades que cada instituição vai apresentando. Se há instituições que incorporam a palavra resiliência na sua acção são as IPSS, com os olhos voltados para o céu, mas com os pés assentes na terra", assinalou, fazendo questão de, em nome do Município, agradecer "tudo o que fazem pelos mais frágeis e mais vulneráveis do Concelho".

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