COVID-19: Enfermeira Maria Isabel é a coordenadora do Centro de Vacinação de Guimarães

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Maria Isabel Videira é a enfermeira que coordena o Centro de Vacinação Covid-19 do Multiusos de Guimarães. Desde meados de Fevereiro, está na linha da frente do processo de inoculação da população no nosso concelho.
Têm sido dias intensos, em que a esperança na luta contra a pandemia se mistura com algum receio, obrigando os profissionais de saúde a gerir um desafio em que prevalece a liberdade individual. "É um momento histórico e é um grande desafio. Cá estamos para vacinar toda a gente e sobretudo tranquilizar as pessoas, porque a vacina é muito importante. Esta pandemia realmente mata e não só mata como também deixa sequelas graves... Nós queremos acabar com ela! Por isso, vacinamos, vacinamos, vacinamos", diz a responsável, numa entrevista breve porque a missão que abraçou exige a sua concentração e disponibilidade constantes.

Há desconfiança e receios de quem chega para ser vacinado?

Sobretudo na última semana, as pessoas chegaram muito receosas, mas estamos cá para tranquilizá-las porque é muito mais importante receberem a vacina do que viverem sem ela e apanharem a doença, a infecção de covid-19. Por isso, nos tranquilizamos e vacinamos... As pessoas têm aderido.

Alguém já entrou para ser vacinado e desistiu?

Temos casos de pessoas que chegaram, perguntaram e saíram. Tenho pena! Mas as pessoas são livres de optar pela vacina ou não. As pessoas não chegam aqui e escolhem a vacina que vão receber, mas as pessoas são livres de decidir se querem ser vacinadas ou não. Nós explicamos o que é a vacina, o que a vacina vai fazer, os benefícios da vacina e as pessoas optam em total liberdade.

É uma decisão individual?

É uma decisão de cada um, uma responsabilidade de cada um.

Nesta fase da pandemia, a vacinação deve merecer a confiança da população?

Sem dúvida! Se as pessoas pensarem bem, vão descobrir que o benefício de tomarem a vacina é maior do que ficarem à espera da sorte... E não apanharem a doença.

O mediatismo que o processo de vacinação está a merecer contribui para essa desconfiança?

Contribui e muito! Eu acho que o Sistema Nacional de Saúde precisa de paz para poder fazer ainda melhor tudo isto que está a fazer. Por isso, se conseguirmos acabar não só com a pandemia mas também com a confusão que está instaurada, nós agradecemos muito... Muito! Muito! Porque teríamos mais paz para podermos fazer mais e seguir em frente.

Essa instabilidade emocional compromete o ritmo do vosso trabalho?

Toda a equipa que nos acompanha entregou-se a esta causa. Temos um grande trabalho de acolhimento. Quem chega é acolhido desde a entrada até ao momento em que sai, com acompanhamento em todo o processo, para monitorização de todos os sintomas que as pessoas possam vir a sentir. Neste momento, estamos a perder muito mais tempo para explicar que as vacinas são seguras, que é muito mais importante receberem a vacina, mas... Estamos cá, se não sairmos às 8, saímos às 9. Não há problema!

 

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