Novos órgãos socias da Casa do Povo de Fermentões tomam posse esta sexta-feira
Os novos órgãos sociais da Casa do Povo de Fermentões tomam posse esta sexta-feira. Alberto Oliveira Torres, empresário, de 54 anos, será o sucessor de José Fernandes na liderança da Instituição que está empenhada na criação de um projecto inovador: o Eco-lar que está a nascer com a função de ser uma "vila residencial para séniores".
O Presidente da Direcção eleito tem exercido funções como gestor desse projecto social, sendo por isso conhecedor da realidade da Casa do Povo e das suas diferentes valências. "Há desafios que surgem inesperadamente e não podemos virar costas. Há momentos em que temos de antecipar as nossas vontades", justificou, ao referir que decidiu candidatar-se após se ter apercebido da "manifesta decisão da actual direcção em cessar as funções e não se recandidatar".
Num "tempo exigente, com uma conjuntura desfavorável", Alberto Torres espera que com a sua experiência possa contribuir para a afirmação da qualidade dos serviços prestados pela Instituição junto da comunidade. "Há muitos desafios pela frente", admitiu, apontando para um mandato de "continuidade, com algumas rupturas". "Nas mudanças, há aspectos que estão bem e têm de ser aproveitados e outros que precisam de um destino diferente em prol da qualidade dos serviços que a Casa do Povo tem de prestar aos seus clientes", acrescentou.
O projecto que a nova Direcção pretende implementar nos próximos quatro anos "é extremamente desafiante para o futuro". "A Instituição tem uma forte componente social, mas também tem actividade no sector cultural e no desporto", observou Alberto Torres, considerando que essas diferentes dimensões têm de surgir integradas numa "imagem de marca". "A Casa do Povo passará a ter uma importância diferente, numa aposta na melhoria da qualidade dos serviços que presta aos seus clientes", sustentou, reconhecendo que os objectivos são "ambiciosos". "Vamos querer uma profissionalização diferente, voltada para as novas exigências, com a modernização das instalações, dotando-as de equipamentos de vanguarda. A Casa do Povo será num futuro próximo mais moderna, mais actualizada e mais inovadora nos serviços prestados. O nosso mote é de Fermentões para o Concelho numa primeira fase e do Concelho e para o Mundo", explicou, ao defender igualmente a importância da integração de diversas valências em prol de um "proveito comum", exemplificando com a articulação que poderá ser desenvolvida entre o Museu de Agricultura, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Fermentões e o trabalho da oleira Fernanda Braga. "O Museu tem um espólio genuíno e precisa de uma dinâmica diferente para ser divulgado e dar-se a conhecer ao mundo", defendeu, destacando a relevância do protocolo estabelecido com o Vitória SC que permitiu a integração no clube dos atletas séniores da modalidade de andebol. "Há uma motivação reforçada para os jovens que assim podem chegar a algo maior", apontou, indicando a disponibilidade da futura Direcção equacionar outras parcerias para a dinamização da actividade desportiva.
Com olhar firme nos desafios que se aproximam, Alberto Torres tem vindo a acompanhar o desenvolvimento do projecto do Eco-Lar. "A primeira maquete já está elaborada. Vamos ter um projecto diferenciador, porque não queremos criar uma residencial sénior, mas sim uma vila residencial para séniores, com um forte enquadramento ecológico e com uma vertente pedagógica, em que as famílias vão desejar ir visitar quem lá estiver, principalmente os netos", apontou, precisando o projecto "inovador" será erguido e colocado a funcionar durante o seu mandato.
Os novos órgãos sociais tomam posse esta sexta-feira, às 21h00, para um mandato de quatro anos.
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