Câmara diz que comércio local de Guimarães reclama isenção de taxas e tarifas municipais

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A Câmara Municipal de Guimarães não vai criar um fundo de apoio financeiro à tesouraria do comércio tradicional neste tempo de pandemia em que vivemos. A garantia foi dada pelo Presidente da Câmara na reunião do Executivo Municipal desta segunda-feira. A questão foi suscitada pelo PSD que na reunião anterior apresentou uma proposta nesse sentido. O vereador social democrata Ricardo Araújo tinha ficado com alguma expectativa quanto à receptividade da maioria, sublinhando o carácter legal da proposta.

Sublinhando não existir "nenhum impedimento legal para que a Câmara construa uma solução financeira nos moldes em que estamos a apresentar", Ricardo Araújo salientou que em Sintra a Câmara criou uma solução que "até tem uma componente de subvenção, ou seja, até é a fundo perdido" para concluir que "há vários mecanismos possíveis que a Câmara pode equacionar para desenvolver esta solução".

Na resposta, o Presidente da Câmara disse que o apoio criado pela Câmara de Sintra assemelha-se à iniciativa que em Guimarães se procura desenvolver mas num âmbito regional e que a proposta do PSD é "ilegal". Domingos Bragança realçou que a prioridade Municipal "é para apoiar as famílias" e esclareceu que apoios têm sido pedidos pelos representantes dos comerciantes, hoteleiros e restauração de Guimarães nos diversos contactos mantidos.

"O que me têm solicitado é trabalhar em conjunto na possibilidade do aumento de apoios através de isenções de taxas e tarifas Municipais, no apoio à divulgação, através de publicidade, para divulgar os produtos locais e a compra em Guimarães porque entendem que a retoma do turismo ocorrerá em termos domésticos, ou sejam internos e até ao nível de concelhos vizinhos porque o turismo internacional não vai retomar tão rapidamente", afirmou.

Sobre a desejada criação de um fundo de apoio às empresas de nível regional, o Presidente da Câmara diz que a proposta ainda não foi discutida com os presidentes dos Municípios da Associação Quadrilátero (Braga, Famalicão e Barcelos), mas diz ter a "percepção" que a mesma não colherá grande entusiasmo.
"Percebem que há apoios nacionais, um conjunto de apoios e que as empresas se orientam por esses mesmos apoios", referiu Domingos Bragança.


Marcações: Executivo Municipal, comércio tradicional, fundo financeiro

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