Número de internamentos obriga Hospital de Guimarães a reforçar serviço de Medicina com mais camas

A Directora Clínica do Hospital Senhora da Oliveira reconhece a existência de dificuldades na gestão dos doentes naquela unidade de saúde, em função do aumento do número de internamentos. Maria José Costeira adianta que foi reforçado o número de camas no serviço de medicina.

"Há um aumento da afluência à urgência, logo há um maior número de internamentos", adiantou Maria José Costeira, ao sublinhar que, no passado mês de Dezembro, a procura do serviço de Urgência foi superior em 7 por cento relativamente ao mesmo mês de 2016. "Esse aumento faz maior pressão para o internamento, mas fazemos todo o esforço para dar a resposta adequada. Foram desenvolvidas todas as medidas internamente, aliás, temos um plano de contingência e disponibilizamos o maior número de camas possível. Nunca tivemos tantas camas disponibilizadas para o serviço de medicina, como temos neste momento! Temos mais de 50 por cento da totalidade das camas do Hospital afectas ao serviço de medicina, na área médica", afirmou a responsável, assumindo a existência de dificuldades. "Estamos a encetar todas as medidas possíveis e ao nosso alcance e os resultados estão a verificar-se, porque conseguimos dar resposta", referiu, explicando que o número de camas foi aumentado. "Nunca tivemos tantas camas disponíveis para o serviço de medicina", assinalou, precisando que são 255 camas, "num hospital da nossa dimensão é facilmente reconhecido que é um esforço significativo"

A Directora Clínica garante que não estão a ser forçadas altas clínicas, insistindo que o Hospital está a dar resposta na medida das necessidades, "com o aumento de trabalho e de custos para a Instituição". "Estamos aqui para dar resposta à população. Mas, se há aumento de afluência à urgência, os tempos de espera poderão ter de ser superiores", continuou, lamentando que "cerca de 40 por cento dos doentes que se dirigem à urgência poderiam ter sido atendidos nos cuidados primários".
"Na afluência à urgência do Hospital, a procura é maior quando há alternativas, porque aos fins de semana e entre as 00h00 e as 8h00 é o período de menor afluência à Urgência, sendo que a maior afluência verifica-se nos dias de semana entre as 8h00 e as 18h00, altura em que as unidades de saúde estão abertas e disponíveis para receberem as pessoas", sustentou.  "Com esta maior afluência de doentes não urgentes, verifica-se um uso de recursos que deveriam estar canalizados para doentes mais graves, o que acaba por ser um desperdício porque as pessoas têm uma alternativa", observou.

Neste início de 2018, o serviço de urgência já registou um pico de afluência na passada terça-feira, com mais de 500 doentes atendidos, sendo 372 adultos. 

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