Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães quer construir novo edifício em Penselo

O projecto está praticamente concluído e precisa de sair do papel para atender às múltiplas necessidades dos utentes das suas famílias. As instalações da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães (APCG), localizadas em Penselo, precisam de ser ampliadas. O espaço onde estão concentrados os serviços do centro de reabilitação para crianças e jovens portadores de paralisia cerebral, centro de actividades ocupacionais e lar residencial tornou-se exíguo para responder às crescentes necessidades.

"A qualidade dos serviços que prestamos, com rigor, inovação, responsabilidade, confidencialidade, privacidade, inovação e humanismo é a nossa marca, mas sentimos que temos de saltar e avançar para a construção de um novo módulo", assumiu o Vice-Presidente da APCG.

Américo Correia revelou que "o projecto está praticamente pronto", apontando para a construção de um edifício complementar aos  dois módulos onde decorre a actividade da Instituição, de maneira a permitir "a duplicação da capacidade do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) e do lar residencial, alargando ainda o espaço destinado à reabilitação, porque o aumento de área também poderá satisfazer essa pretensão".

O dirigente da APCG justifica a necessidade de concretizar a obra, com a "imensa lista de espera". "Mesmo conseguindo duplicar a capacidade das duas valências, vamos continuar com a lista de espera", reconheceu, frisando que "há famílias que enfrentam graves problemas que só os poderão resolver com o aumento da nossa capacidade de acolhimento". "Vamos ver se o actual Quadro Comunitário permitirá enquadrar uma candidatura a um financiamento para executar o projecto, porque a APCG não consegue assumir o encargo da obra sem apoios", realçou, ao indicar que "naturalmente a instituição terá de assumir a sua parte".

Não falta terreno disponível para a implantação do projecto na área pertencente à APCG. O mais difícil será conseguir amealhar a verba necessária, podendo a execução da obra obrigar a um investimento na ordem dos 800 mil euros. Mas, a necessidade sustenta a determinação em lutar pela sua implementação. "Temos utentes que precisavam de mais tratamentos e não temos capacidade para reforçar a nossa oferta", lamenta Américo Correia, esperançado na sua concretização, em prol do bem-estar das pessoas que justificam e estão na origem da instituição que responde às necessidades dos concelhos de  Guimarães, Felgueiras, Vizela, Celorico e Cabeceiras de Basto. "Temos muitos pedidos. Na medida do possível procuramos dar as melhores condições aos nosso utentes, de maneira a que tenham todas as condições para fazerem aqui a sua reabilitação, ocupar o seu tempo com atividades pedagógicas e lúdicas, condignamente, com toda a assistência que conseguirmos dar e simultaneamente libertar os pais, dar-lhes conforto, proporcionando-lhes a segurança de saberem que os filhos são tratados aqui como deve ser", apontou o responsável.

Pelo conhecimento que tem das diferentes situações, Américo Correia assinala que, em muitos casos, um dos progenitores tem de abdicar da sua vida profissional para assumir a responsabilidade de acompanhar uma criança que está dependente e, assim, proporcionar-lhe um apoio sistemático.

 

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