Burla bem orquestrada não convenceu vítima

Foi uma tentativa de burla frustrada, mas a estratégia de persuasão foi tão bem orquestrada que quase enganava a vítima. Uma mulher, residente em Silvares, foi abordada por um homem que lhe prometeu resolver o seu processo de reforma nos serviços da Segurança Social. O burlão sabia todos os pormenores das tentativas que a beneficiária já fez para obter o subsídio, bem como informações sobre os rendimentos dos seus familiares. A vítima não foi em cantigas, mas os argumentos do indivíduo "bem parecido" que se dirigiu propositadamente à sua residência quase a convenciam a aceitar a proposta. Adelaide Rosa Sampaio, moradora na Rua 25 de Abril, na freguesia de Silvares, foi surpreendida pela inesperada visita de um homem "na casa dos 50 anos".
"O meu marido apresentou-se e chamou-me para atender a visita", continua, acrescentando que o homem não tinha qualquer identificação, tendo apenas adiantado que estava a trabalhar com um médico na resolução de casos relacionados com reformas.
Adelaide Rosa Sampaio estranhou a justificação, mas ficou ainda mais surpreendida quando o indivíduo lhe disse que tinha conhecimento de que "tinha ido três vezes a juntas médicas e em todos os casos tinha ficado mal".
Confrontada com este caso, a Directora do Centro Regional de Solidariedade e Segurança Social de Braga indicou que a beneficiária foi alvo de uma tentativa de burla. "É uma fraude, um engano, porque funcionário nenhum da Segurança Social procura algum beneficiário solicitando-lhe uma retribuição para resolver alguma questão", considerou Filomena Bordalo, acre scentando que "é fundamental alertar a opinião pública de que todos estes casos são fraudes e que qualquer funcionário para exercer qualquer acção em nome da Segurança Social tem que estar devidamente identificado e credenciado para a função que vai exercer".
Embora não tenha conhecimento de muitos casos semelhantes àquele que aconteceu à sexagenária residente em Silvares, a responsável pelo Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Braga adiantou que "há dois meses" recebeu uma carta que informava que uma pessoa que conduzia um carro vermelho também estaria a representar
abusivamente os serviços da Segurança Social. Mediante essa indicação, Filomena Bordalo contactou as autoridades policiais e avisou a população através dos meios de comunicação social.


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