80 propostas do Orçamento Participativo em votação até ao final do mês
Já estão em período de votação as 80 propostas selecionadas para a primeira edição do Orçamento Pariticipativo de Guimarães.E numa altura de grave crise económica, não é de estranhar que a área da acção e intervenção social tenha suscitado mais interesse juntos dos vimaranenses que resolveram apresentar os seus projectos. A votação está aberta no portal op.cm-guimaraes.pt.
Até ao final deste mês os vimaranenses poderão votar numa das propostas selecionadas para o Orçamento Paritcipativo, cuja primeira edição tem um tecto de um milhão de euros. Depois de vários meses de discussão, em 48 Assembleias Participativas, resultantes da reorganização territorial do Concelho, a Comissão de Avaliação, liderada pelo vice-presidente da Câmara, Domingos Bragança, selecionou 80 dos 145 projectos enviados, nas áreas da cultura e turismo, deporto e acção e intervenção social. O balanço é muito positivo, sugere Domingos Bragança, que, em entrevista, admite que não esperava a participação de tanta gente. É muito bom, comparativamente com outros concelhos onde já está implementado. Agora, cada cidadão poderá votar através da plataforma electrónica da Câmara Municipal criada para o efeito e só poderá escolher um dos projectos. As que recolherem o maior número de votos serão executadas pela Câmara Municipal até ao limite financeiro estabelecido.
De acordo com o regulamento, durante este mês, os autores dos projectos seleccionados poderão fazer campanha pelas suas propostas. Domingos Bragança lembra, por isso, que este é o mês mais importante, porque os autores podem dar a conhecer o seu projecto. O vice-presidente da Câmara assume que esta foi uma boa aposta, pela quantidade e qualidade das propostas apresentadas. Há propostas muito interessantes e muito inovadoras, porque ajudam a resolver problemas que podem parecer muito pequeninos aos nossos olhos, mas que precisam de ser resolvidos, correspondendo aos anseios das populações.
Cada proposta não poderá ter um valor de execução superior a 50 mil euros e nesta primeira edição, por força das dificuldades que a sociedade atravessa, a área da acção social terá a maior fatia, com 500 mil euros. A área da cultura e turismo e do desporto terão um tecto máximo de 250 mil euros cada uma.
O enorme sucesso da primeira edição significa que o Orçamento Participativo terá continuidade. O valor de um milhão de euros também se manterá . Acho que é uma verba interessante e suficiente. Podemos progredir no futuro mas, não de imediato. Devemos sustentar bem este modelo de participação dos cidadãos e depois, à medida que isto evoluir, teremos possibilidade de aumentar este valor. De resto, Domingos Bragança entende que daqui a 15/20 anos, 25 a 30 por cento do Orçamento Municipal seja alocado pela escolha directa dos cidadãos através deste modelo. Mas tem de ser um processo progressivo, porque esta é uma forma de aprofundar e amadurecer a nossa democracia e a nossa participação cívica como cidadãos na sociedade, conclui.
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