Guimarães registou 130 insolvências no ano passado
O ano de 2011 registou a falência de 130 empresas de Guimarães. Por sectores é o têxtil quem surge no topo do ranking. Foram 130 as empresas, localizadas em Guimarães, que no ano passado pediram a insolvência. Os dados são da COSEC Companhia de Seguros de Créditos.Pelos dados recolhidos pela COSEC, no nosso Concelho o sector têxtil lidera a lista das insolvências, com 51 processos, segue-se a construção (26) e retalho (21).
Na lista constam ainda oito processos referentes a Serviços e, depois, com três situações cada um, os sectores de Alimentação, Matérias-primas e Transportes.
Na reacção a estes dados, Adão Mendes Coordenador da União de Sindicatos de Braga começa por admitira que o número é elevado mas temos que fazer uma análise em duas vertentes. Sempre que há um processo de insolvência ou falência, isto não significa espaços físicos. Isto porque conhecemos casos de espaços, onde funcionam várias empresas, cinco ou mesmo 10. Se a cada número correspondesse um espaço físico, então estariam a assistir a uma destruição total do tecido produtivo e das empresas. O que estamos a ver é a queda daquelas pequenas empresas que nasceram na década de 80, como cogumelos. Contudo, também temos casos de médias e grandes empresas que estão a começar a desaparecer.
Já José Maria Ferreira, do Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil, refere que não ficou surpreendido com esta realidade. Não me surpreende porque efectivamente a situação na construção civil tem-se agravado. A maior parte das empresas prestam trabalho a outras grandes unidades. Com a falta de encomendas as grandes empresas começaram a dispensar as pequenas. Aliás, este ano de 2012 está a ser marcado por um ritmo de insolvências que é uma coisa espantosa, não há neste momento perspectiva de melhorar a situação.
O Presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães também não se mostrou muito surpreendido com esta realidade. Carlos Teixeira diz que o nosso Concelho atingiu o boom das insolvências há quatro ou cinco anos atrás, em que na altura registamos uma taxa de desemprego muito elevado. Nesta altura estabilizamos o número de insolvências no sector do comércio e serviços.
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