Câmara corta na despesa com iluminação pública e o PSD está preocupado com segurança

A Câmara de Guimarães iniciou a implementação de medidas de poupança energética com a iluminação pública. O vereador social-democrata, José Manuel Antunes, alertou para a necessidade de garantir a segurança das populações.

Na última reunião do executivo municipal, o representante social-democrata manifestou a sua concordância relativamente à redução os encargos com o consumo de energia, mas advertiu para a importância da Autarquia estabelecer o montante a atingir com a aplicação dessas medidas.

Para José Manuel Antunes, “é fundamental envolver os presidentes de junta neste processo”. “São eles que estão mais próximos da população”, referiu, assinalando que esse envolvimento poderia contribuir para eliminar eventuais problemas que possam surgir com a redução da iluminação pública. “Nas zonas rurais, ao desligar o fluxo luminoso posto sim, posto não, podem ficar distâncias muito grandes sem iluminação pública, há que atender às questões de segurança”, frisou.

Na resposta à preocupação evidenciada pelo Vereador do PSD, o Presidente da Câmara indicou que “algumas autarquias já desligaram a iluminação pública”. António Magalhães alertou que as pessoas “vão sentir que o serviço público prestado vai perder qualidade”. “Não vai tocar apenas à iluminação, vai tocar a outras áreas de intervenção dos serviços públicos porque não vão ter dinheiro para cumprirem o trabalho que faziam até agora”, continuou.

Realçando que “os gastos têm que ser repensados”, António Magalhães anunciou que “as iluminações de Natal vão acabar”. Este ano, acrescentou, “haverá uma ou outra rua que irá ter um arrufo, mas num futuro próximo não teremos”.

Aliás, no final da reunião, sobre este aspecto, o Autarca realçou que as iluminações do Largo do Toural deverão coincidir com a inauguração da conclusão das obras de requalificação. Quanto ao Centro Histórico, adiantou que “a celebração dos 10 anos da elevação à categoria de Património Cultural da Humanidade também deverá ser contemplada”.

“Faremos uma coisa distintiva, mas as luzes tradicionais, quer na Cidade, quer nas vilas e nas freguesias não vamos fazê-las”, advertiu, frisando as medidas de redução dos encargos energéticos vão ter repercussões no consumo privado na Câmara, nas escolas e nos pavilhões.

Quanto à redução do fluxo luminoso nos postes de iluminação pública, António Magalhães esclareceu que a Autarquia pediu a colaboração da empresa concessionária para reduzir a factura energética. “A EDP diz que onde houver instalação trifásica é possível reduzir o fluxo da iluminação, mas no mundo sub-urbano ou rural onde não há instalação trifásica e há monofásica só temos uma hipótese que é desligar lâmpada sim, lâmpada não.”, acrescentou.

Se esta medida motivar insatisfação, o Autarca espera que as reclamações sejam encaminhadas para os serviços camarários que depois as remeterá para a EDP.


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