Empresa têxtil Jocral com futuro indefinido
São momentos de preocupação vividos por oito dezenas de trabalhadores da Jocral. Uma empresa têxtil da Rua das Lameiras, em Creixomil, está com futuro indefinido. A Administração da empresa Arsénio Dias Cação comunicou no início da semana passada aos trabalhadores que cessava as suas funções. Os trabalhadores continuam no seu posto de trabalho. A semana passada cumpriram a execução de encomendas para exportação na esperança de que isso possa garantir o pagamento dos salários de Janeiro. Entretanto e para salvaguardar o património da empresa, os trabalhadores têm-se mantido a vigiar as instalações. Os homens de noite e as mulheres de dia. Isso mesmo aconteceu durante o fim-de-semana.A Santiago sabe que na sexta-feira deram entrada no Tribunal de Guimarães dois processos de insolvência. Um da empresa Arsénio Dias Cação I S.A. proprietária do imóvel onde a empresa Arsénio Cação Dias II S.A. desenvolve a sua actividade de confecção de vestuário. Esta última apresenta um passivo de 3 milhões e 300 mil euros sendo que é à banca representa os principais credores.
De acordo com informações recolhidas pela Santiago, a actividade da empresa de confecção com 30 anos de existência agravou-se nos últimos tempos muito por força de constrangimentos financeiros. A empresa tentou renegociar os seus compromissos com a banca em negociações que se arrastaram no tempo e com a Jocral disposta a apresentar o edifício para penhora. De resto, a Jocral é considerada uma empresa viável. Com matéria prima e encomendas os trabalhadores vão continuar nos seus postos de trabalho até à chegada do Administrador da Insolvência que poderá ser nomeado pelo Tribunal hoje ou amanhã.
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