Obras no Toural depois das eleições autárquicas

Nunca antes de 2010, será iniciada a obra de intervenção no Largo do Toural. Essa foi a convicção manifestada pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, no debate realizado na passada ontem à noite, no Centro Cultural de Vila Flor. Menos de uma centena de pessoas participaram no debate realizado no grande auditório do Centro Cultural de Vila Flor. Mesmo assim, o interesse em torno da necessidade de uma intervenção fez com que a iniciativa se prolonga-se pela noite dentro.
Com bastante entusiasmo, os vimaranenses participaram na discussão demonstrando o receio quanto ao impacto que a solução proposta poderá causar naquela zona da Cidade.
O arquitecto Seara de Sá relembrou que a matriz conceptual do estudo elaborado pretende “devolver a praça à cidadania”, não tendo como objectivo “alindar o espaço para os turistas”. “Há necessidade de manter a actividade comercial, dinamizando-a. Os comerciantes devem manter-se e progredir no centro da Cidade”, insistiu o arquitecto que propõe a criação de um parque de estacionamento subterrâneo e defende um novo uso para aquele espaço construído.
Embora tenha sido consensual a necessidade de uma intervenção, a proposta apresentada não agradou mereceu o parecer favorável de todos os presentes. Houve quem sugeri-se uma requalificação sem recurso a imitações daquilo que fazem nos outros países da Europa e apontasse a possibilidade de elaborar um projecto artístico, gerador de um equilíbrio entre as expectativas do presente e a herança passada (ver texto ao lado).
O Presidente da Câmara confessou que “a intervenção que se pretende fazer é difícil”. “O facto de abrirmos um precedente de discutir até à minúcia a proposta revela essa preocupação”, admitiu.
Aliás, esse é o sentido da auscultação pública em curso. António Magalhães reconheceu que a decisão da solução para a renovação do Toural é delicada e a execução do projecto deverá transitar para depois das próximas eleições autárquicas.
“Este projecto é demasiado complexo para nós o iniciarmos antes de 2010. Não é possível. Temos prioridades: queremos mudar a feira semanal e reabilitar o mercado velho, executando-os tão cedo quanto possível”, justificou António Magalhães, reconhecendo a necessidade de tomar uma decisão quanto à orientação .

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