Unidade de Hemodinâmica: Ministra diz que SNS não é "manta de retalhos"
A Ministra da Saúde afirmou que o Serviço Nacional de Saúde não é uma "manta de retalhos" e que os seus recursos têm de ser concentrados e rentabilizados.
Marta Temido respondia, esta sexta-feira no Parlamento, à deputada vimaranense Mariana Silva, do Partido Ecologista Os Verdes sobre a entrada em funcionamento da Unidade de Hemodinâmica do Hospital da Senhora da Oliveira.
A Parlamentar vimaranense lembrou que a referida Unidade está pronta a funcionar desde 2018.
"Estamos a falar de um investimento de 2,5 M de euros suportado por contribuições particulares e estamos a falar de vítimas de enfarte que apresentam risco acrescido mas que por causa de uma situação inusitada, os doentes da área de influência geográfica do Hospital da senhora da Oliveira são encaminhados para o Hospital de Braga quando existe esta resposta em Guimarães. Fazer esta viagem não é, propriamente, assegurar os cuidados que estes doentes precisam", afirmou.
Mariana Silva lamenta que três anos depois de estar pronta "continuamos sem saber quando é que que vai abrir esta Unidade que tem profissionais prontos para trabalhar nela".
Na resposta, a Ministra da Saúde falou da necessidade de analisar com coerência contributos generosos feitos ao SNS de que é exemplo a Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Guimarães.
"O SNS tem um problema incontornável, não é uma «manta de retalhos», é uma rede organizada, tem uma lógica, tem um fio condutor, tem um mapa tem um planeamento", afirmou.
"Mesmo aquilo que são, aparentemente, contribuições generosas e interessadas em melhorar a resposta, têm de ser analisadas dentro daquilo que é a coerência da rede. Tudo tem que funcionar não apenas na lógica da disponibilidade de equipamentos mas também na lógica daquilo que é a disponibilidade da lógica dos recursos humanos e esses recursos humanos têm que ser rentabilizados e têm que ser concentrados porque essa é a melhor forma de os rentabilizar e de os manter no SNS", referiu Marta Temido.
Com esta posição, a Ministra da Saúde frustra as expectativas quanto à abertura da Unidade de Hemodinâmica do Hospital da Senhora da Oliveira o que a acontecer evitaria o transporte de doentes para o Hospital de Braga.
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