PSD preocupado com demora no agendamento de consultas e falta de médicos de família em Guimarães

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Há dificuldades no acesso aos cuidados de saúde primários em Guimarães, com demora no agendamento das consultas nas Unidades de Saúde Familiar e mais de um milhar de utentes sem médico de família. O diagnóstico foi feito pelo Vereador do PSD, Ricardo Araújo, numa intervenção feita no período antes da ordem do dia, ontem, durante a reunião do Executivo vimaranense, onde reclamou a intervenção do Município. "Sabemos que não é uma responsabilidade directa do Município, mas esta situação afecta a qualidade de vida dos cidadãos", afirmou o representante social-democrata, ao considerar que perante o problema "a Câmara de Guimarães deve ver o que pode fazer". "Há uma pressão sobre os centros de saúde e sobre os médicos de família e outros profissionais que fazem um esforço grande para prestarem o melhor serviço, com profissionalismo, mas não tem sido suficiente. Há relatos de que até ao final do ano não se consegue fazer o agendamento de consultas", precisou, observando que "a procura está a aumentar e a resposta que está a ser dada não é a desejada".

"Sabemos que há falta de médicos de família. Há médicos com cerca de 1800 utentes. Há mais de um milhar de pessoas sem médico de família", justificou, ao sublinhar que o problema afecta a qualidade de vida no concelho. "Quisemos sinalizar esta preocupação para que o Presidente da Câmara e a sua equipa façam os contactos e as intervenções necessárias, empenhando-se em ajudar a mitigar e a resolver o problema". "A afluência dos cidadãos aos centros de saúde tem vindo a aumentar e não existe capacidade de resposta suficiente", apontou Ricardo Araújo, considerando que a dificuldade no acesso aos cuidados de saúde "deve-se à incapacidade do sistema".

Na resposta, o Presidente da Câmara assinalou: "a pandemia aproximou-nos das estruturas de saúde do nosso concelho, para conseguirmos ter respostas adequadas às necessidades da população, numa conjugação com os diferentes serviços". "Sabemos da dificuldade de dar resposta às solicitações por parte de alguns centros de saúde, até no contacto telefónico. Temos um diálogo constante e uma disponibilidade total para ajudar o sistema de saúde público a resolver os seus problemas", afirmou Domingos de Bragança, ao lembrar os apoios que o Município concedeu para garantir mais conforto aos utentes durante as obras do Centro de Saúde da Amorosa e na implementação dos postos digitais de acesso ao Sistema Nacional de Saúde. "Temos nove postos de atendimento digital que não estão a funcionar bem. Os utentes poderiam ter uma forma mais rápida de acesso com todas as ferramentas digitais ao dispôr. Não está ainda a funcionar bem", reconheceu o Presidente da Câmara, assinalando ainda a conjugação de esforços existente para a construção do edifício do novo centro de saúde de Moreira de Cónegos.

De resto, durante a última reunião do Executivo, a vereação aprovou por unanimidade a proposta para abertura de um novo procedimento concursal para a obra. É a segunda tentativa, dado que na primeira o concurso ficou deserto.

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