Duas centenas de doentes internados no Hospital de Guimarães com Covid-19 no pico da segunda vaga

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O número de internamentos por complicações associadas à Covid-19 está a diminuir, mas ainda não permite "cantar vitória", nem "cruzar os braços" aos profissionais do Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães.

O Director Clínico adiantou que a pressão exercida pelo novo coronavírus naquela unidade de saúde está a aliviar, mas o número de internamentos ainda é "muito elevado". "À semelhança do que tem vindo a acontecer na comunidade, também diminuiu o número de pessoas internadas. Deixamos de ter a pressão que tivemos há três/quatro semanas. Primeiro deixou de crescer o número de doentes com necessidade de internamento e há agora uma ligeira diminuição. Mas é algo ligeiro, nada para cantar vitória", apontou Hélder Trigo, esclarecendo que o HSOG está a trabalhar em rede com as outras entidades do Serviço Nacional de Saúde.

Questionado sobre o impacto que o alívio das medidas restritivas previsto para a quadra natalícia poderá vir a ter no serviço hospitalar, o responsável não escondeu a apreensão. "A quadra natalícia causa preocupação, porque as famílias vão estar reunidas e nem sempre usarão máscaras durante a Ceia de Natal. São momentos especiais e as pessoas vão estar horas seguidas em convívio e isso é importante, mas preocupa-nos", admitiu, assinalando que o pico desta segunda vaga já terá sido atingido.

"Passamos as duas centenas de doentes internados. Foi uma situação muito exigente, porque estivemos vários dias com esses números", sublinhou.
Num ano difícil para os profissionais de saúde, Hélder Trigo fez questão elogiar o envolvimento das diferentes equipas no combate à Covid-19. "Os profissionais estão há muito tempo com esta pressão e foi complicado porque as coisas ainda não acabaram, não podemos baixar os braços", acrescentou, precisando que "esse pico coincidiu com o máximo nacional. Nesta zona atingimos números elevados e todos os hospitais estiveram assoberbados com o elevado número de doentes internados. Estamos à espera de melhorar, mas não podemos cruzar os braços".

"É importante que as pessoas entendam que é preciso ter muito cuidado, porque quando as coisas começam a melhorar as pessoas também tendem a aligeirar mais os cuidados. Oxalá isso não aconteça, porque esta infecção tem efeitos imprevisíveis. O que pode estar bem encaminhado agora, pouco tempo depois piora. Esse é o nosso receio e, insisto, não podemos facilitar", disse.


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