Obra de requalificação da Urgência do Hospital Senhora da Oliveira vai decorrer até final do ano
A obra de requalificação e ampliação do serviço de urgência do Hospital da Senhora da Oliveira (HSO), em Guimarães, começa ainda este mês, tendo sido assinado, na semana passada, o contrato de consignação da empreitada à empresa vimaranense NVE Engenharias S. A..
Reconhecendo que o projecto tem sido "complexo e moroso" já que o concurso público para a obra foi lançado em Dezembro de 2016, o Presidente do Conselho de Administração do HSO adiantou que "finalmente" a intervenção será iniciada. "Num espaço de 15 dias, o empreiteiro terá as condições para 'lançar a primeira pedra' deste projecto tão importante para o nosso Hospital", afirmou Henrique Capelas, garantindo que o serviço continuará a funcionar, estando salvaguardado o atendimento dos doentes.
"A Urgência é um serviço delicado", alertou, ao dar conta que o projecto "foi pensado de forma estratégica para que seja possível fazer as obras de maneira faseada". "As obras terão quatro fases para nos permitir manter o funcionamento ininterrupto dos serviços de urgência", assinalou, apelando às pessoas para que apenas se dirijam ao serviço em caso de urgência.
"As obras devem ficar terminadas no final do ano e, durante os próximos meses, o serviço terá de ser utilizado pelos utentes de forma racional", alertou, ao dar conta que serão articuladas com os serviços primários acções de sensibilização. "Recorre-se à Urgência com patologias que deviam ser tratadas nos cuidados primários", disse, insistindo que as pessoas "devem previamente entrar em contacto com a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24), porque ali podem obter simples orientações e indicações com que conseguem resolver os seus problemas, não impedindo de outras situações bem mais graves serem atendidas com mais celeridade".
"Mais de 47 por cento das pessoas que acorrem às urgências são falsas urgências", vincou Henrique Capelas. No caso do Hospital Senhora da Oliveira, o actual "serviço de urgência está programado para o atendimento de 200 pessoas por dia e chega a receber 500". "Enquanto que as pessoas não estiverem sensibilizadas para irem ao local certo para tratarem as suas questões de saúde é um problema para o serviço", referiu, destacando que a área actual do serviço de urgência tem 1200 m2 e com as obras de ampliação ficará com 2300 m2 . "Será uma obra que vai proporcionar um aumento significativo do espaço disponível. Os serviços terão espaços mais acessíveis, com separação em função do perfil dos utentes, o que significará uma reestruturação bastante profunda", advertiu, pedindo "a compreensão das pessoas perante os constrangimentos" durante o período em que decorrer a intervenção. "Será uma obra basilar o Hospital", acrescentou.
Para a concretização do projecto de requalificação do serviço de urgência, Henrique Capelas destaca o apoio concedido pelo Município de Guimarães que assegura o financiamento de cerca de 1/3 do valor da intervenção. "A Câmara sempre se empenhou nesta obra e vai contribuir com o financiamento na ordem de um milhão de euros, para além dos fundos europeus", lembrou, esclarecendo que o Tribunal de Contas recusou o visto prévio relativo ao contrato para as obras do Serviço de Urgência, tendo interpelado o HSO relativamente "a uma questão burocrática, de interpretação, que se pretendia com a alocação dos fundos próprios que o Hospital destinava a esta obra". "Esses fundos próprios, na óptica do Tribunal de Contas, não estariam devidamente explicitados na respectiva alocação", explicou Henrique Capelas, lembrando que quando iniciou funções, em meados do ano passado, "foi apresentada a devida informação e o Tribunal de Contas deu o aval à obra". "Tenho de prestar a minha homenagem à Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente, porque quando iniciei funções fiquei muito agradado por verificar esse envolvimento", rematou, considerando que "o Município tem sido um parceiro do Hospital neste como em outros projectos que serão implementados no futuro". "Guimarães é um bom exemplo para todo o País, de colaboração entre a Autarquia e um Hospital. O objectivo é o mesmo: servir o cidadão", classificando de "ímpar" a posição do Município.
A obra de requalificação e ampliação do serviço de urgência envolve um investimento total que ronda os 3,3 milhões de euros e deverá ficar concluída no final do ano.
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