Infecção por adenovírus poderia ter sido evitada
O Director-Geral de Saúde considera que algumas das mortes por adenovírus que ocorreram no Hospital Senhora da Oliveira poderiam ter sido evitadas. Pereira Miguel diz que algumas das normas de desinfecção não foram cumpridas Numa entrevista concedida à Rádio Santiago e ao jornal O Comércio de Guimarães, Pereira Miguel diz que se estivesse em prática o novo plano de luta contra a infecção hospitalar, algumas das crianças que acabaram por falecer poderiam ter sido poupadas. O Director-Geral de Saúde diz ainda que algumas das normas de desinfecção e esterilização dos equipamentos poderão não ter sido aplicadas correctamente. A vigilância epidemiológica poderá ter sido, igualmente, descuidada.Refira-se que o Ministério Público de Guimarães vai apurar eventuais
responsabilidades criminais na morte de cinco crianças por adenovírus no Hospital Senhora da Oliveira. A decisão foi tomada pelo Ministro da Saúde, depois de ter assinado o relatório final da Inspecção-Geral da Saúde que iliba os pediatras do Hospital de Guimarães, mas que responsabiliza a Direcção-Geral de Saúde e a Direcção do Hospital pela forma incorrecta como geriram o processo.
O relatório da Inspecção-Geral de Saúde, a que o Guimarães Digital teve acesso,lança várias críticas à actuação do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, ao considerar que não houve uma articulação rápida e eficaz com o Director Clínico, como o demonstra o facto de António Pinheiro não ter dado imediato conhecimento a Fausto Fernandes do relatório epidemiológico da Comissão de Controle de Infecção.
A suspeita de adenovírus, no Hospital Senhora da Oliveira, ocorreu em meados de Março, aquando da sobrelotação do Serviço de Pediatria. Alguns dos doentes, a maioria com bronquiolites, começaram a ver o seu estado de saúde agravado, situação que os pediatras não conseguiram explicar.
Entretanto, não está provado que o adenovírus tenha sido transportado pelas crianças infectadas, uma vez que os peritos consideram plausível que o adenovírus tenha sido importado da comunidade para o hospital pelo progenitor de alguma das crianças internadas.
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