Genéricos já são prescritos por ´médicos vimaranenses
Uma gama alargada e flexível de produtos, uma distribuição ampla, medicamentos económicos e embalagens mais fáceis de compreender dão corpo a um novo conceito na comercialização de produtos farmacêuticos para o mercado português. Os genéricos chegaram há cerca de dois anos e são já muitos os médicos que prescrevem os novos fármacos. Quem os comercializa garante que são produtos farmacêuticos certificados pelo Instituto da Farmácia e do Medicamento, similares aos produtos de marca originais. O Director Geral da Alpharma, a empresa farmacêutica especializada e líder mundial na produção e comercialização de genéricos, é da opinião que os clínicos deverão ser os decisores dos produtos a administrar. Numa entrevista concedida à Santiago, António Simões refere que a qualidade dos genéricos está garantida, pelo que os médicos irão, adoptar, nos próximos tempos, os novos medicamentos.Só como exemplo, metade das prescrições no Reino Unido, são feitas sobre produtos genéricos. Na Dinamarca, dois terços do mercado farmacêutico são
constituídos por produtos genéricos. Em Portugal, a realidade é diferente. Nos primeiros dez meses de 2002, foi de 2% em valor. Todavia, e reflectindo a crescente aceitação deste tipo de medicamentos, na comparação com o mesmo período de 2001, note-se que o mercado de genéricos evoluiu 363% em volume e 437% em valor. Os genéricos, que permitem ao doente beneficiar de uma comparticipação adicional de 10%, são bem aceites em Portugal pela generalidade de médicos, farmacêuticos e doentes, que
reconhecem nestes produtos uma forma de racionalizar os gastos com os
medicamentos que estão há mais de 10 anos no mercado, libertando recursos para a comparticipação de substâncias inovadoras com preços mais elevados.
Em Guimarães, são já muitos os médicos que prescrevem os genéricos. A
julgar pelos dados fornecidos pelas farmácias vimaranenses, há muitos
utentes que já apresentam receitas a pedir genéricos.
Por isso, António Simões acredita que certos mitos poderão mudar nos
próximos tempos.
Marcações: Saúde