Francisco Louçã: "A representação do distrito com o Bloco faz muita falta à esquerda"
Francisco Louçã, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Braga nas próximas legislativas, veio esta manhã a Guimarães, numa acção de pré-campanha eleitoral que envolveu contactos com a população e comerciantes na Feira Semanal e no Mercado Municipal.
Ouvindo as pessoas a quem confiava um folheto com o programa eleitoral do partido, Francisco Louçã assumiu o desejo de voltar a assegurar a representação do partido na Assembleia da República, com um programa eleitoral para "fazer a diferença na vida das pessoas".
"Queremos vencer. Tirar deputados à extrema direita para que haja um ambiente no parlamento que não seja de insulto e de chicana política. Queremos soluções para que seja possível garantir habitação pública com rendas que se possam pagar e residências universitárias para quem vem estudar. Guimarães foi o concelho do Norte do País onde mais subiu o preço da habitação no último ano. Já é mais caro do que em Braga, onde é muito caro também! Há uma especulação que faz com que nossos filhos não possam comprar ou arrendar uma casa, somando isso às ameaças ao emprego, percebemos que vivemos num mundo em aflição", salientou, ao acrescentar: "fazer a diferença para melhorar a vida das pessoas é a determinação do Bloco de Esquerda".
"Precisamos de uma esquerda com coerência, com capacidade de resolução, preocupação com as pessoas e com compromisso", insistiu, indicando que "o distrito de Braga com as suas grandes cidades" caracteriza-se pelas "gentes de enorme vibração, de trabalho, de cultura, de aprendizagem, de comunidades muito vivas". "A representação do distrito com o Bloco faz muita falta à esquerda na Assembleia da República. É muito importante que a esquerda seja determinante na evolução política, caso contrário sai destas eleições a continuação dos mesmos problemas: com um PS apoiado no PSD ou um PSD apoiado no PS. Só a eleição de deputados do Bloco de Esquerda pode fazer a diferença e determinar que haja respostas consistentes na política de habitação, nos salários para os trabalhadores por turnos, para as mulheres que, trabalhando o mesmo que os homens ganham menos dois meses de salário por ano", manifestou, garantindo a participação em iniciativas de proximidade, "procurando olhar para problemas reais das pessoas".
"Há uma riqueza extraordinária feita na base da pobreza ou na exploração do trabalho. Uma grande parte da população portuguesa, quase metade, vive com salários ou pensões abaixo dos mil euros", apontou, ao comprometer-se em ser uma voz activa na defesa, valorização e garantia do "respeito e direitos para todas as pessoas".
"O Bloco olha para o futuro e Portugal vive num mundo em abismo. Veja só as ameaças que há sobre a indústria de Guimarães que é muito baseada nos produtos que são penalizados por esta guerra comercial, o que pode provocar grandes perturbações na vida, no emprego e nos investimentos", afirmou, ao garantir que o Bloco de Esquerda será a voz para "mudar de vida".