CICP estranha notificação do Município quando aguarda solução

 

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O Presidente do Centro Infantil e Cultural Popular (CICP), Torcato Ribeiro, afirmou em declarações ao jornal O Comércio de Guimarães estar "espantado" com a reação do Presidente da Câmara, depois da notificação para a Associação abandonar o Convento de Santa Rosa do Lima até esta quarta-feira. 

Torcato Ribeiro recusa a acusação de "ilegalidade" na ocupação do espaço, lembrando uma acta que diz o contrário. "Há uma acta de Julho de 1975 da Câmara Municipal, onde as instalações são pedidas pela associação e onde foi aceite essa pretensão. Não fomos para lá ilegalmente. A associação teve sempre um troca de informação com a Câmara, inclusive recentemente. Não me parece que a Câmara estivese a participar em actividades com uma associação ilegal. Basta consultar uma acta presente no Arquivo Municipal de Guimarães", apontou o responsável.

O líder da associação adianta que só recebeu a notificação no dia 10 de Janeiro, pois encontrava-se estrangeiro, o que lhe dá uma prazo maior para abandonar as instalações. "A notificação dá-nos 15 dias e só conta a partir do momento em que fui notificado. Portanto, é 10 dias após a notificação. Tivemos uma reunião com a Câmara em relação a esta matéria e passou para o Município a responsabilidade da nossa reinstalação. Não tivemos qualquer resposta até ao momento a não ser esta notificação. Não me parece a melhor forma de resolver o problema. A melhor forma seria indicar onde poderíamos colocar o nosso património. Esta uma associação disposta a dialogar e que espera o bom senso", aponta. 

Torcato Ribeiro confirma a cedência de um espaço menor no edifício das Dominicas, mas defende que a proposta "não teve qualquer desenvolvimento".

"Achei mais sensato ficar num outro espaço que serviu de estufa ao horto municipal e que foi edificada. Precisava apenas de um arranjo. A entrada até podia ser pelo mercado municipal, sem perturbar a actividade do CINDOR. Essa proposta foi aceite com agrado pelo Presidente, mas nunca tivemos resposta. Nada estava previsto para a nossa instalação ali ou noutro local. O silêncio foi interrompido com esta notificação, o que me parece uma deselegância. Agora falta dialogar para definirmos o nosso futuro", aponta Torcato Ribeiro, acrescentando que o edifício estava "abandonado" e "não se agravou mais porque estavamos lá". "A actividade social cessou em 1997, com o fecho do infantário, mas mantivemos a actividade cultural", explicou.

 

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