Câmara de Guimarães disponível para requalificar igreja da Costa se o Estado pagar a obra
A Câmara de Guimarães assumiu "disponibilidade" para abrir um procedimento concursal para desbloquear a requalificação na igreja de Santa Marinha da Costa, fazendo depender essa possibilidade da celebração de um contrato em que o Estado se comprometa a pagar a execução da obra.
A revelação foi feita pelo Presidente do Município, durante a reunião do Executivo vimaranense, após ter sido confrontado pela vereadora do CDS-PP, Vânia Dias da Silva, com a necessidade de "uma solução urgente" naquele monumento para travar o estado de degradação.
No período antes da ordem do dia, a representante centrista alertou para a importância de garantir "a segurança" de quem frequenta aquela igreja e defender o "património com elevadíssimo valor histórico, com azulejos e peças de arte sacra que estão em risco de perderem-se". "Todos conhecemos o problema há mais de 10 anos, com obras que são reconhecidas como necessárias e que não são feitas, num processo longo envolvendo várias entidades que se uniram em defesa da salvaguarda daquele património", apontou Vânia Dias da Silva, pedindo ao Município para "pressionar com mais insistência" de forma a ser solucionado o problema.
Na resposta, o Presidente da Câmara começou por dizer que o Município "foi a primeira entidade a alertar para a defesa daquele património", fazendo um levantamento das condições que remeteu ao Ministério das Finanças, ao Ministério da Cultura, à Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e à Arquidiocese de Braga. Domingos Bragança acrescentou que após "a experiência na intervenção do Município no processo de beneficiação da igreja de Santa Cristina de Serzedelo não interviria mais em imóveis de tutela do Ministério da Cultura". "Naquele processo, acabamos por ser nós os culpados de todo o atraso", disse, indicando que nos contactos mantidos com as diferentes entidades assumiu que "só em última instância o Município tomaria conta da obra".
Face à evolução dos contactos e à necessidade de uma intervenção urgente na igreja de Santa Marinha, o Presidente da Câmara adiantou que a Direcção Regional de Cultura do Norte ficou incumbida de elaborar e aprovar o projecto de reabilitação, estando o Município disponível para liderar a realização da obra desde que o financiamento seja assegurado pelo Estado. "Mal o projecto seja entregue à Câmara Municipal por parte da DRCN, faz-se o contrato com o Ministério das Finanças para assegurar o financiamento e avança-se para o lançamento do procedimento concursal", precisou Domingos Bragança.
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