Vitória perdeu em casa com Marítimo (3-1)
Uma menor exibição do Vitória, sob o ponto de vista colectivo, determinou uma inesperada derrota caseira, perante um Marítimo mais disciplinado tacticamente. Revelando crónicas dificuldades em introduzir o esférico no interior da área adversária, o Vitória acabou por sofrer um pesado resultado porquanto, apanhado em desvantagem no marcador, desguarneceu o sector mais defensivo, abrindo alas aos avançados insulares, onvidando-os para o golo.
O remate certeiro de Cléber, aos 25 minutos, não foi capaz de motivar uma equipa deserta de ideias e sem capacidade de resposta às adversidades deparadas. Com uma orgânica e mecanismos ofensivos pouco requintados, o Vitória acabou por render-se, pois, ao maior pendor atacante do adversário.
Se os golos são soluções para as dificuldades, a verdade é que o conjunto de Inácio, ontem à noite, não esteve bem. Gaúcho iniciou a recuperação do Marítimo e, sem grandes problemas, arrastou a sua equipa para um triunfo expressivo.
Aliás, estou em crer que, pela primeira vez esta época, fez-se sentir a ausência de Pedro Mendes na estrutura táctica vitoriana. A ligação dos sectores não foi a mais adequada, o meio-campo do Vitória não funcionou, nem tão pouco desequilibrou. Faltou a habitual motorização e o toque de classe que (só) Pedro Mendes sabe dar. ..
Motivado e a jogar sem complexos, o Marítimo remeteu-se na sua defensiva limitando-se a esperar pelo Vitória no seu último reduto. A falta de ideias traduziu-se numa derrota folgada e vitimou os vimaranenses, ávidos de expressão futebolística, sobretudo no desafio de
ontem. Apostando inicialmente na solidão atacante de Ceará - independentemente de Romeu e Fangueiro actuarem na retaguarda - Augusto Inácio viu-se forçado a preencher o sector mais adiantado da equipa, dadas as condicionantes do encontro. Lixa entrou em campo para
tentar desproporcionar o futebol praticado; Guga revelou-se uma nulidade; e Adelino pouco fez.
Serve este exemplo para explicar o menor rendimento do colectivo, da corporação, da equipa! Jogar ‘sem’ grandes recursos a meio-campo -zona fulcral do terreno - não é nenhuma alternativa. Julgo que o cerne da derrota nasce precisamente por aí. Pelas imprecisões nos passes e nas jogadas efectuadas.
Arbitragem sem erros de monta.
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