Francisco Assis defendeu a construção de uma "democracia viva"

Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, defendeu a construção de uma democracia viva, em que o conflito saiba conviver com os acordos institucionais e o consenso social. Aquele conhecido militante socialista que falava em mais uma «Conferência Permanente de Política Democrática», organizada pelo PS de Guimarães, considerou a necessidade de o País, o PS e os partidos em geral, precisarem cada vez mais de espaços de deliberação e participação política capazes de empoderar os membros dos partidos e dos cidadãos em geral.

Numa conferência que abordou a questão «Para que serve e politica?», Francisco Assis defendeu que o PS, enquanto partido charneira do sistema político português, deve uma atenção especial à participação política dos jovens e dos cidadãos, manifestando-se preocupado com lógicas de acção política puramente instrumentais que, no limite, afastam os jovens mais qualificados e os cidadãos mais activos da vida partidária. Defendeu ainda a manutenção e construção de um sistema de deliberação, raciocínio e acção política intermédio entre o atomismo digital e a pura representação política, capaz de aumentar a liberdade individual mas também a construção de projectos de acção solidária e colectiva. Uma forma, afirmou, de combater quer o “caciquismo” quer o fechamento dos partidos à liberdade dos cidadãos. “Os partidos devem aumentar a liberdade dos cidadãos e dos militantes e não diminui-la”, referiu Francisco Assis,.

Depois de um debate intenso, encerrou a sessão o Presidente do PS de Guimarães, Ricardo Costa, que agradeceu a Francisco Assis a presença e deu conta que é objetivo do PS de Guimarães “continuar o trabalho de auscultação e abertura à cidadania e aos militantes, contando com todos para o reforço de um PS cada vez mais em forma e qualificado, visando construir 2025”. “Só ouvindo todos, debatendo com todos, abrindo a vida partidária a todos, poderão os partidos políticos credibilizar-se e assim reforçar a democracia local e nacional”, concluiu Ricardo Costa.


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