Quatro vereadores fizeram balanço do mandato na última sessão do Executivo vimaranense antes das autárquicas
Quatro vereadores que cessam funções e não se recandidatam ao cargo nas próximas eleições autárquicas fizeram o balanço do mandato, esta segunda-feira, na reunião do Executivo vimaranense.
No período antes da ordem do dia, António Monteiro de Castro, do CDS-PP, André Coelho Lima, do PSD, Ricardo Costa e Fernando Seara de Sá, do PS, fizeram as suas últimas intervenções, sentindo-se honrados pelo serviço que prestaram no exercício de funções na vereação municipal.
O representante do CDS-PP afirmou sair com o sentimento de dever cumprido. "Constituiu para mim uma grande honra ter podido integrar este executivo municipal, satisfazendo assim a vontade e o desejo de um grande número de vimaranenses que acreditou e depositou a sua confiança no projecto da Coligação «Juntos por Guimarães»", disse Monteiro de Castro. "Apesar de alguma frustração por sentir não ter conseguido saber defender alguns projectos nos quais acreditava, ter havido outros que tiveram o seu curso, como o dos transportes públicos colectivos, cuja concretização está para breve e que irá transformar radicalmente a qualidade de vida de muitos vimaranenses, sobretudo dos estratos economicamente mais fragilizados", acrescentou, ao fazer o balanço dos dois mandatos, em que fez intervenções "versando sobretudo os pontos da ordem de trabalhos sobre temas de natureza económica, social, urbanística e de transportes.
Volvidos 12 anos, André Coelho Lima, do PSD, vai deixar o órgão Executivo, tendo regista mudanças no exercício da Oposição. "A colaboração institucional estando muito longe daquilo que devia estar entre o poder e a oposição, está pelo menos do ponto de vista da forma melhor do que quando iniciei funções", considerou. "O projecto que se apresentou aos vimaranenses em 2013 pela primeira vez tem consolidado e tem apresentado uma estabilidade de protagonistas e de propostas políticas", apontou, fazendo questão de agradecer a todos aqueles que o acompanharam ao longo dos anos na vereação. "Olhando para trás, há uma sensação de dever cumprido", continuou, ao frisar que "poder intervir em defesa de Guimarães foi o que o atraiu para a participação na causa pública''.
De seguida, Ricardo Costa fez também a sua última intervenção no mandato, lendo uma declaração escrita, garantindo: "estou na política por missão, com o mesmo entusiasmo e desprendimento com que abracei, pela primeira vez, a minha intervenção e o meu contributo mais modesto na vida política local ao ser candidato a uma Junta de Freguesia". "Tenho, no sector privado, um percurso profissional que me orgulho e uma carreira, felizmente, bem sucedida, que me permitiu e permite uma disponibilidade e entrega para servir a causa pública sem depender, por necessidade, de qualquer lugar ou remuneração, bem como decidir sempre com base nas minhas convicções, com liberdade e discernimento. E onde a lealdade não se deve confundir com subserviência", sublinhou, assinalando o trabalho que desenvolveu com empresas e associações do Concelho.
O vereador socialista, com poderes delegados nas áreas de Finanças, Património, Desenvolvimento Econômico, Modernização Administrativa e Qualidade, Sistemas de Informação, Fiscalização, Contra-Ordenações, Polícia Municipal e Desporto, realçou que "deixar um lugar não significa deixar a política". A política deve ser curriculum e não cadastro".
O Vereador actualmente responsável pelas áreas do Desenvolvimento do Território, Centro Histórico, Urbanismo e Vistorias Administrativas fez a última declaração do mandato. Fernando Seara de Sá disse sair "de consciência tranquila por ter servido a comunidade como se impunha", fazendo alusão a uma expressão do Padre António Vieira, explicando "devemos servir, fazendo aquilo que tem de ser feito, independentemente das consequências". "Esta é a questão central no exercício de funções em cargos políticos, prestando um serviço público à comunidade".
Nesta última reunião do Executivo antes das eleições autárquicas, o Presidente da Câmara lembrou as limitações a que está sujeito no âmbito da lei eleitoral. Domingos Bragança agradeceu o contributo a todos os vereadores do Executivo que agora terminam o mandato.
Dos assuntos da agenda de trabalhos, destaque para a aprovação por unanimidade a proposta para início de procedimento concursal para a obra de construção do novo posto da GNR de Lordelo e outra para adjudicação da requalificação do Tardoz do Centro Comercial Villa.
O executivo aprovou por unanimidade a celebração do protocolo de colaboração entre o Município e a Associação Centro de Medicina P5, bem como a proposta para início de procedimento para o regulamento Municipal de Mobilidade e Transportes, bem como aquisição de cartões no âmbito do Programa ABEM Rede Solidária do Medicamento.
O executivo aprovou uma proposta para adjudicação de trabalhos de conservação de vias do concelho de Guimarães.
Outra proposta aprovada aponta para a prorrogação do prazo da obra de requalificação do edifício do antigo Teatro Jordão e da Garagem Avenida.
Referência ainda para a proposta para intervenção nos espaços de circulação no Largo da Ordem e Igreja de S. Domingos, no âmbito da obra da requalificação da Rua D. João I.
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