Bruno Fernandes propõe reduzir impostos e abolir taxa turística para "tornar Guimarães um município amigo do investimento"

images/2021/bruno_economia.jpg

"Tornar Guimarães um município fiscalmente amigo do investimento" com a redução de impostos e abolir a taxa turística são duas medidas propostas pelo candidato da Coligação Juntos por Guimarães (CJpG) à presidência do Município.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Bruno Fernandes deu a conhecer os pilares do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico que pretende implementar para que "Guimarães inverta o ciclo de crescimento e volte a estar no radar dos investidores nacionais e internacionais".

"É fundamental que Guimarães retome a liderança que outrora já demonstrou. No virar do século, o concelho ainda era o motor das exportações no Vale do Ave e uma referência a nível nacional", observou, indicando que "as exportações do concelho de Guimarães valiam em 2001 quase 4% do total nacional e, em 2019, este valor tinha baixado para 2, 3%".

"Guimarães tem perdido competitividade e isso reflecte-se numa perda de população e em perda de qualidade de vida dos cidadãos, com menos empresas saudáveis e competitivas capazes de vender para os mais exigentes mercados", declarou, afirmando que "os vimaranenses têm piores salários e poder de compra do que nos concelhos vizinhos".

O candidato da CJpG enumerou os sete pilares do plano de desenvolvimento para "nos próximos 10 anos colocar Guimarães no top 10 da média salarial e com uma taxa de desemprego insignificante, melhorando a qualidade de vida de quem cá vive e de quem escolhe o nosso concelho para aqui se instalar". Os sete pilares visam: apoiar as empresas vimaranense mais afectadas pela pandemia a relançarem a sua actividade; aumentar a competitividade e colocar Guimarães no radar do investimento internacional; promover a diversificação da economia local paralelamente à dinamização das indústrias tradicionais; promover a inovação, o talento e o empreendedorismo; criar infraestruturas de suporte; promover uma relação de cooperação estratégica com a academia, em especial com a Universidade do Minho; e o relançamento do turismo.

Depois de ter apresentado propostas para a habitação e para a acção social, Bruno Fernandes apresentou o que classifica como "o terceiro eixo da intervenção do Município", anunciando "um programa extraordinário de apoio às micro-empresas, nomeadamente as que estão dependentes do turismo, do comércio e da restauração'' e a criação de uma Agência para o Desenvolvimento Económico e Gabinete de Apoio ao Empresário, em articulação com uma "aposta na diplomacia económica e na proactividade na captação do investimento".

Segundo Bruno Fernandes, "o concelho não é amigo do investimento e não tem uma estratégia para ser atractivo através dos impostos municipais", propondo "a eliminação da derrama que actualmente está em 1% para volumes de negócios inferiores a 250 mil euros e a redução gradual da derrama para negócios acima desse valor, condicionada ao cumprimento de objectivos específicos tais com o investimento, o aumento líquido de emprego e a redistribuição de resultados com trabalhadores". "A fixação da nossa derrama terá de ter critérios que permitam atrair as empresas e ter resultados concretos em que a perda de receita seja transferida para a criação de postos de trabalho", revelou, anunciando também "a isenção de Imposto Municipal sobre Transmissões para investimento empresarial em áreas prioritárias associada a critérios como a criação líquida de postos de trabalho qualificados".

Ao nível das infraestruturas de suporte, o candidato da CJpG garantiu a criação de três novos parques industriais e centros de negócios "junto à auto-estrada, em Serzedelo, Urgezes e na área de Brito e Vila Nova Sande, assim como requalificação dos parques de Penselo e São Torcato", numa linha de acção que preconiza também "um programa de recuperação de espaços industriais devolutos", permitindo o surgimento de espaços de coworking, agregadores de iniciativas públicas e privadas orientadas para a criação e crescimento sustentado de empresas com elevado potencial".

"Posicionar Guimarães na linha da frente da instalação e de acesso à rede 5G" foi outra das medidas anunciadas, a par do relançamento de turismo, "aumentando o número de visitantes e a estadia média'', comprometendo-se com a abolição imediata da taxa turística.

Na apresentação das propostas para a área económica, Bruno Fernandes realçou o contributo de Ricardo Araújo e Carlos Caneja Amorim, bem como de "um grupo de trabalho que envolveu empresários e gestores especialistas", numa equipa que contou com Rui Armindo Freitas e José Salazar. "Não foi por falta de contributo da Oposição que o Município não atalhou caminho e não obteve respostas nestas áreas em que estamos a ser negligentes há vários anos", frisou, indicando que o plano da CJpG incide na valorização de duas marcas identitárias "muito fortes" de Guimarães: a indústria e a cultura.

Marcações: Bruno Fernandes, Coligação Juntos por Guimarães, autárquicas 2021

Imprimir Email