Mais 40 postos vão alargar rede de carregamento de veículos eléctricos
A rede de postos de carregamento de veículos eléctricos vai ser alargada a todo o Concelho. Na última reunião, o executivo municipal vimaranense aprovou as peças do procedimento para a concessão do direito de utilização privativa para a instalação de postos de carregamento para a mobilidade eléctrica". "É uma proposta que cria condições para o alargamento dessa oferta ao nível de todo o concelho, cobrindo todas as vilas, e dando resposta a áreas residenciais e zonas industriais", esclareceu a vereadora do Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente, precisando que serão criados mais 40 postos, com 80 locais de carregamento, em diferentes espaços do concelho.
"É um importante passo que Guimarães dá no incremento da mobilidade eléctrica com vista à descarbonização do transporte público de passageiros e transporte individual", sublinhou Sofia Ferreira, considerando que o Município "é pioneiro a nível nacional e regional nesta questão" que cumpre o objectivo da sustentabilidade ambiental.
A responsável lembrou o processo em curso de instalação de "um hub de carregamento de veículos eléctricos”, na Rua Teixeira Pascoais, no âmbito do protocolo celebrado entre a Mobi.E, constituído por um posto de carregamento ultrarrápido (150 KW), três postos de carregamento rápido (50 KW) e cinco postos de carregamento normais (22 KW) e que está a funcionar este ano. "Vamos fazer tudo para que tenhamos este ano este projecto concretizado", afirmou.
Na discussão da proposta, o vereador do PSD, Ricardo Araújo, comentou que "esta é uma das propostas que não vão ser cumpridas pelo PS porque no programa eleitoral defendia como prioridade a instalação de uma rede de carregamento rápido por todo o Concelho". No seu entender, "a proposta deveria ser mais ambiciosa e ser capaz de acompanhar o desenvolvimento dos novos tempos, estando muito longe do que vai ser a necessidade futura". "Uma estratégia de descarbonização tinha de ser mais ambiciosa", insistiu.
O Presidente da Câmara interveio para advertir que o Município "como entidade pública abriu caminho, com a concessão privada, com acordos e parcerias com a Mobi.E, não prescindimos dos grandes operadores nacionais". "São eles que têm os meios para reforço da potência, para as pessoas poderem optar. É um compromisso que assumimos - trabalhar com os operadores", vincou Domingos Bragança, alertando para a actuação do Município em contexto de pandemia. "O foco da Câmara de Guimarães tem sido a pandemia, compatibilizando com o âmbito geral dos nossos compromissos. É difícil encontrar, apesar da dimensão do programa eleitoral, alguma rubrica em que não esteja feita ou em curso obra... O mandato é de quatro anos, meteu-se pelo meio a pandemia", disse o Autarca.
Na resposta, o Vereador do PSD argumentou: "A pandemia não pode servir de desculpa para tudo. O que estão a fazer é a lançar uma rede de carga lenta. O Município deveria ser mais ambicioso nesta concessão. Pelo menos, todas as vilas deveriam ter um posto de carregamento rápido". Ricardo Araújo insistiu que "é um projecto do mais lento que existe no mercado", considerando que o Município precisa de "uma nova energia"
O Presidente da Câmara terminou fazendo um apelo: "Não quero que as reuniões de Câmara resvalem para aquilo que não devem resvalar. Aqui, temos de trabalhar serenamente. Faço esse apelo a todos."
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