Pandemia dominou a sessão por vídeoconferência da Assembleia Municipal de Guimarães
Pedro Ribeiro da CDU introduziu o tema para falar de outro vírus que não o covid-19. O dos "salários baixos" que agrava a exploração dos trabalhadores. O membro da CDU defendeu o reforço dos quadros da ACT por forma a aumentar a capacidade inspectiva e, dessa forma, "responder às arbitrariedades" cometidas contra os direitos laborais.
Os partidos da direita direccionaram as suas críticas para a resposta e a estratágia Municipal de combate à crise pandémica. Emídio Guerreiro do PSD acusou a Câmara de "reagir e não agir" e defendeu que a liderança do Gabinete de Crise devia ser assumida pelo Presidente do Município.
"O que está em causa é o modelo errado de organização adoptado pela Câmara", sublinhou.
Por sua vez, Paulo Peixoto, do CDS, considerou que António Cunha não é a pessoas certa para liderar o Gabinete de Crise.
"Não está em causa a qualidade e o currículo do Professor António Cunha mas não é a pessoas certa para um lugar que exige proximidade às empresas", destacou.
Na resposta o Presidente da Câmara acusou a oposição de pretender criar um caso político. Domingos Bragança reiterou que António Cunha é a pessoa certa para liderar uma entidade criada para promover as melhores respostas aos desafios criados pela Covid-19.
"António Cunha é uma boa escolha, os empresários estão satisfeitos e a pandemia exige respostas que passam pela ligação a ciência
às empresas", afirmou o Presidente da Câmara acrescentando que "já há quem copie o modelo" adoptado por Guimarães no âmbito do trabalho que é necessário desenvolver para ultrapassar a crise provocada pela pandemia.
Na sessão da Assembleia Municipal o relatório e contas da Câmara referente a 2019 foram aprovados com os votos do PS, a abstenção do PSD, CDS e CDU e o voto contgra do Bloco de Esquerda. A primeira alteração orçamental modificativa também foi aprovada por maioria dos votos socialistas. Já a proposta sobre medidas excepcionais e temporárias de apoio às famílias, empresas e ao emprego foi aprovada por unanimidade. A proposta de abertura de procedimento para o concurso público do serviço de transportes rodoviários de passageiros foi aprovada com os votos do PS, PSD e CDS, a abstenção da CDU e o voto contra do Bloco de Esquerda.
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