Assembleia Municipal: PS acusou oposição de tentar capitalizar com o «caso do padel»

images/fotoarquivo/2018/desporto/padel2.jpg

O PS acusou o PSD na sessão da Assembleia Municipal de tentar capitalizar politicamente com o caso do subsídio que a Câmara atribuiu a um torneio de padel recentemente realizado em Guimarães. Um apoio financeiro que numa primeira votação foi aprovado por unanimidade. No entanto, dado que na organização do torneio estava envolvida uma empresa do filho do Presidente da Câmara e Domingos Bragança ter participado na votação, a decisão foi anulada.

Entretanto na repetição da votação, a proposta foi aprovada por maioria, tendo o PSD e o CDS votado contra. Para o socialista Pedro Mendes, a oposição teve um comportamento de "populismo básico". O representante do PS acusou a oposição de ter passado a ideia de que "a Associação Vimaranense de Hotelaria seia «barriga de aluguer» para beneficiar a empresa de um familiar do Presidente da Câmara", realçando que "só quem não conhece Domingos Bragança é que pode pôr em causa a sua honestidade".
"Acharam que lhes traria ganhos. Votaram contra porque lhes cheirou a sangue", concluiu.

O PSD reagiu e César Teixeira sublinhou que a votação inicial era inválida, por haver conflito de interesses.
"Não nos metam nas vossas guerras", disse o representante dos social democratas que ser "inegável que a validade legal da proposta não existia".
"Foi o próprio Presidente da Câmara que reconheceu que era uma deliberação inválida", salientou César Teixeira, acrescentando que "se soubéssemos que havia conflito de interesses não teríamos votado a favor" na primeira votação "e o Presidente não teria participado nessa votação".

Domingos Bragança reiterou que se tratou de um erro "formal e involuntário" e que o assunto foi "sanado". O Presidente da Câmara revelou que foi entretanto implementado um sistema mais filtrado na análise das propostas para evitar que situações idênticas se repitam.


Marcações: Assembleia Municipal, Padel

Imprimir Email