BE quer saber o motivo pelo qual não avança a obra na igreja românica de Serzedelo

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A deputada do Bloco de Esquerda Alexandra Vieira, eleita pelo círculo eleitoral de Braga, visitou a igreja românica situada em Serzedelo, no âmbito de uma pergunta colocada ao Governo sobre a prometida recuperação daquele monumento.

Através do referido documento entregue na Assembleia da República, os deputados bloquistas querem saber o motivo que explica a falta de concretização do protocolo de cooperação estabelecido entre a Direcção Regional de Cultura do Norte, a Câmara de Guimarães e a Fundação Iberdrola. 

Alexandra Vieira lembra que em 2014 existiu uma petição que chegou à assembleia da República, questionando as razões pelas quais o Ministério da Cultura não dava a atenção devida ao edifício. "No seguimento desta petição, alguns anos depois, foi assinado um protocolo de cooperação estabelecido entre a Direcção Regional de Cultura do Norte, a Câmara de Guimarães e a Fundação Iberdrola. Até ao momento nada aconteceu e a degradação do edifício continua. Por isso, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda pergunta à Ministra da Cultura se o Governo tem conhecimento da situação de degradação em que se encontra a Igreja de Santa Cristina de Serzedelo, se conhece que existe um protocolo e se estão previstas medidas concretas para preservar o edifício e tratar a degradação do acervo exterior e interior do edifício", refere.   

Recorde-se que o protocolo entre a Câmara Municipal de Guimarães, a Direcção Regional de Cultura do Norte, em representação do Ministério da Cultura, e a Fundação Iberdrola foi assinado em 2017, no âmbito da execução do Plano Românico-Atlântico 2015-2018.

O acordo estipulava que a Iberdrola comparticipava o projecto com 40 mil euros, competindo à Câmara de Guimarães completar a verba necessária para suportar um orçamento estimado em cerca de 120 mil euros.

A deputada sublinha ainda que a igreja românica de Serzedelo está "visivelmente num estado de degradação". "Ao que sabemos, chove no interior da igreja. É visível a olho nu que falta algumas telhas no telhado", aponta Alexandre Vieira, vincando que o edifício "acompanha a formação de Portugal". "É um edifício do século XII, que se insere na rota do românico, faz parte dos caminhos de Santigo, correspondia a um Mosteiro e está classificado como monumento nacional desde 1927. Portanto, interessa para o Município de Guimarães e para o país", conclui.

Marcações: Serzedelo, Bloco de Esquerda, Igreja Românica

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