Associação alertou para perigo associado à remoção das placas de fibrocimento destruídas pelo mau tempo nas Oficinas da Câmara

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A Associação de Defesa Ambiental "Questão Eleita" alertou o Executivo vimaranense para o perigo resultante da exposição a fibras de amianto a que estão sujeitos os moradores da Rua das Lameiras, Rua da Carreira e Rua Comandante João de Paiva Brandão, em Polvoreira, na sequência dos efeitos do temporal na cobertura do pavilhão onde funcionam as Oficinas Gerais da Câmara de Guimarães e da Vitrus.

Numa intervenção feita na última reunião do Executivo vimaranense, em representação daquela Associação, Carlos Gomes deu conta que várias placas de fibrocimento foram espalhadas pelas imediações das instalações, atingindo os telhados e os quintais das casas, observando que "as fibras de amianto foram dispersas e disseminadas pelo ar, colocando em perigo a saúde da população".

Após ter denunciado que a população não foi prontamente informada sobre os cuidados a ter com a "manipulação de amianto", Carlos Gomes lançou um rol de interrogações sobre a forma como estão a ser removidos os estilhaços. "Por que é que os camiões e os funcionários continuam a circular livremente pela rua e a entrar e a sair livremente das instalações? Não há uma sinalização adequada do perigo na rua? Por que é que a zona de trabalho não está delimitada?", indagou, querendo ainda saber por que razão "os trabalhos de remoção iniciaram antes de ter chegado ao local a empresa de descontaminação, por funcionários sem qualquer tipo de proteção e que contribuíram para o aumento da disseminação das fibras". "A população está refém nas suas casas e continua em perigo", frisou, exigindo uma intervenção imediata.

Na resposta, o Presidente da Câmara garantiu que a intervenção que está a decorrer no cumprimento da legalidade, referindo que na passada quinta-feira, na manhã seguinte à intempérie, "foi iniciado o processo de remoção com o proprietário do imóvel que tem competência para isso e fez com que uma empresa certificada na remoção das placas de fibrocimento". Domingos Bragança comentou que "há placas de fibrocimento com diferentes características", fazendo questão de frisar que o material em causa "na composição de fibrocimento também entra o material que é o amianto". "O amianto não é radioativo, apenas na sua decomposição poderá libertar partículas que possam ser inaladas e prejudicar a saúde, por isso, na sua remoção é preciso adoptar cuidados para que não sejam libertadas poeiras", disse, indicando "que como estava a chover intensamente essa possibilidade era nula".

O Autarca sustentou que o processo de remoção das placas de fibrocimento daquela cobertura está a ser feita com o acompanhamento da Câmara Municipal, embora seja da responsabilidade do proprietário. "A informação de que disponho é a de que está tudo bem", rematou.

De salientar que a Associação de Defesa Ambiental "Questão Eleita" foi constituída recentemente, na sequência da contestação dos moradores à instalação e impacto do funcionamento das oficinas gerais da Câmara de Guimarães naquele pavilhão.

Marcações: reunião camarária

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