Vereação vimaranense vai concertar posições para apoiar clubes e associações desportivas do Concelho

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As três propostas do PSD e CDS-PP sobre «Desporto para todos» não foram sujeitas a votação do Executivo municipal vimaranense na reunião desta quinta-feira. Os vereadores da Opoaição aceitaram retirar as propostas perante a abertura da maioria socialista para negociar um entendimento capaz de concertar posições sobre a matéria.

Recorde-se que na agenda da reunião, constavam três propostas do PSD e CDS-PP que apontavam, em separado, para o pagamento do seguro desportivo obrigatório para cada atleta, pagamento dos exames médicos desportivos obrigatórios para cada atleta e pagamento dos custos de inscrições federativas de todos os atletas de formação das diversas modalidades.

Durante a apreciação, o Vereador do PSD justificou a separação dos assuntos constantes na proposta anteriormente rejeitada pela maioria socialista, alegando a sua "importância para o desporto em Guimarães e os incentivos recebidos para não desistirem dela". Ricardo Araújo indicou, desta forma,"que a divisão era mais um esforço para tentar uma aproximação para viabilizar a proposta. Se for aprovada parcelarmente já ficaríamos satisfeitos".

O Presidente da Câmara interveio, perguntando ao Vereador do PSD se tinha reunido com o Vereador do Desporto. Ricardo Araújo respondeu: "não houve essa sugestão", acrescentando: "terei todo o gosto em fazê-lo... se achar conveniente".

Na resposta, Domingos Bragança, peremptório, afirmou: "as propostas não atendem às minhas posições. Se forem retiradas e trabalhadas com o Vereador do Desporto... Mas, fica a reserva de me revelarem a proposta final".

O Vereador Ricardo Araújo olhou para os restantes representantes do PSD e do CDS-PP e prontamente manifestou a concordância com a retirada das propostas.

No final, explicou que a desagregação de cada um dos pontos tinha em vista "uma aproximação ao PS, porque o que importa não é o proponente nem o subscritor, o que interessa é que seja aprovada".

Já o Vereador do Desporto, Ricardo Costa, considerou que foi dado "um sinal de maturidade política por parte da Oposição", aproveitando para indicar que a proposta "deve ir mais longe e de encontro das necessidades dos clubes". "Dá-mos três vezes mais à formação do que o valor necessário para as inscrições federativas, no ano passado, apoiamos no valor de 377 mil euros", observou, dizendo "o importante é que todos os clubes e associações desportivas ganhem".

"Temos muitos clubes e pessoas dedicadas ao desporto de forma gratuita. E por força de várias razões, mais de 90 por cento das colectividades precisam de corrigir algum licenciamento. Teremos de ser capazes de na proposta global criar apoio técnico para agilizar processos. Muitas vezes, os clubes não procedem ao licenciamento porque é de tal forma a burocracia existente nesta dimensão... E as pessoas dos clubes já dão muito de si para apoiar as crianças e os atletas e não estão muito disponíveis para perderem dias e dias do seu trabalho para dedicarem a uma causa que é difícil!", apontou, vincando que é preciso "ajudar os clubes a resolverem a sua situação relativamente ao licenciamento urbanístico das instalações e, assim, poderem concorrerem a fundos comunitários".

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